Confira a crítica de 'Power rangers', reboot da franquia dos anos 1990
O longa abraça, em alguns momentos, a veia trash da versão televisiva, usando várias referências
Adriana Izel
Publicação:24/03/2017 06:03Atualização: 23/03/2017 16:47
Em Power Rangers, o quinteto descobre o que é ser um herói
Power Rangers é o novo longa da franquia que fez sucesso na televisão nos anos 1990. Diferentemente da série, a produção prefere explicar todo o ambiente dos heróis antes de entregar os conflitos. O longa começa mostrando o embate entre Zordon (Bryan Cranston) e a vilã Rita Repulsa (Elizabeth Banks), que destruiu os Power Rangers há milhões de anos na Terra. Depois, o filme segue para os tempos atuais na pequena cidade de Alameda dos Anjos, onde vivem os próximos Rangers, responsáveis por proteger a Terra da ameaça alienígena.
O primeiro a ser apresentado é Jason (Dacre Montgomery), um promissor atleta de futebol americano, que dá uma mancada, perde a vaga no time e precisa cumprir detenção na escola e está em prisão domiciliar. No ambiente de detenção, ele conhece Billy (RJ Cyler), um jovem com certo grau de autismo e TOC e que é ótimo com invenções, e Kimberly (Naomi Scott), uma garota popular que é acusada de cyberbullying.
Confira as sessões do filme: em 2D e 3D
Confira as sessões do filme: em 2D e 3D
Ainda na sala de aula, Jason e Billy fazem um acordo. Billy promete dar um jeito na pulseira eletrônica de Jason, caso ele o acompanhe até a mina de ouro da cidade. Lá, coincidentemente, estão Billy, Jason e Kimberly, além de Trini (Becky G), uma garota que se sente deslocada, e Zack (Ludi Lin), um jovem que não estuda para cuidar da mãe doente. Acontece uma explosão e eles encontram moedas que dão as habilidades de Rangers.
A partir daí, o longa segue a trajetória até que o quinteto se torne realmente um time de heróis. Mostrar esse momento de descoberta em vez de ir direto ao ponto é um lado bastante interessante em Power Rangers. Ao melhor estilo de produções como Homem-Aranha, aos poucos, os jovens vão percebendo que algo está mudando e entendendo o que é ser um Ranger. Além disso, essa estratégia faz com que o espectador entenda bem a história.
O diretor Dean Israelite tinha um desafio quando assumiu a direção do reboot de Power Rangers. O cineasta precisava fazer justiça à franquia clássica da televisão dos anos 1990, mas também tinha que criar um filme atual e que conquistasse um público que não conhecia a versão anterior. E foi exatamente isso que Israelite conseguiu em Power Rangers.
O longa de Israelite abraça, em alguns momentos, a veia trash da versão televisiva, usando várias referências e, para conquistar uma nova leva de fãs, aposta em uma trama teen que aborda (mesmo que rapidamente) temas como cyberbullying, transtornos mentais e homossexualidade. Também é preciso elogiar o elenco, que tem bastante carisma, principalmente, o ator RJ Cyler, que rouba a cena.