Martírio, documentário sobre violência contra indígenas, estreia no cinema
Longa percorre vinte anos de massacres e usa de vários depoimentos e arquivos para expor a questão do terreno dos povos indígenas
Publicação:14/04/2017 06:00Atualização: 13/04/2017 16:58

'Martírio' apresenta a luta dos Guarani Kaiowá para reaver terras ocupadas por latifundiários e empresários
Vencedor dos prêmios de melhor filme pelo júri popular e de menção como prêmio especial do júri no Festival de Brasília de 2016, o filme Martírio chega ao circuito comercial. O documentário de Vincent Carelli lança luz sobre a retomada de terras dos Guarani Kaiowá.
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Carelli volta a 1980 e percorre 20 anos de massacres, genocídios, dor e luta por meio de depoimentos e imagens de arquivo. A disputa para reaver terras ocupadas por latifundiários, pecuaristas e fazendeiros do Centro-Oeste.
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Martírio vai além de apenas expor a questão. Carelli assume o tom de denúncia e investiga fatos históricos e políticos determinantes para a perda da terra desse povo indígena. Governantes e empresários também ganham voz, defendendo o crescimento econômico em detrimento da manutenção das terras e dos costumes dos Kaiowás. A ex-presidente Dilma Rousseff e a senadora Kátia Abreu são algumas das autoridades que aparecem nas quase três horas de Martírio.