Sozinho, sem muitos recursos e nada de amparo, Elon (o ator brasiliense Rômulo Braga) se vê moldado por um drama cada vez mais complexo e desprovido de solução: a busca pela mulher, Madalena (Clara Choveaux), que está sumida. A trama de Elon não acredita na morte marca a estreia do diretor Ricardo Alves Jr..

 

Veja as sessões na capital. 

 

Sem ter com quem contracenar, o protagonista se encerra num surto mental captado com esmero, no registro de Alves Jr., que conta com talentos como o da fotografia de Matheus Rocha e a gritante maestria cênica de Rômulo Braga, ganhador do Candango de melhor ator no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro do ano passado.

A proposta de Ricardo Alves Jr. é exaustiva, na intenção de colar a câmera nos corpos dos atores  e, por pouco, não extenua o espectador. Marcante também é o som, a cargo de Pablo Lamar. Ironicamente, o protagonista que perde as rédeas da vida e não domina presente e passado, é vigia de profissão. Num espiral de pesadelo, sem escapatória, Elon se afunda num enredo intenso, ao estilo das fitas de Gaspar Noé (Irreversível).

 

Confira o trailer: