'Antes que eu vá' peca ao apostar em clichê e temas de forma superficial
O longa-metragem é inspirado no livro homônimo de Lauren Oliver
O longa-metragem Antes que eu vá acompanha a história de Samantha Kingston (Zoey Deutch), uma jovem que está no Ensino médio levando a vida de adolescente quando é surpreendida pela chegada de 12 de fevereiro. Para a menina, a data só seria diferente por ser a celebração do Dia do Cupido e por ter sido escolhido por ela como o dia em que perderia a virgindade. No entanto, essa também é a data da morte de Samantha e de seu "inferno", pois a personagem fica presa nesse dia e precisa revivê-lo diversas vezes até aprender uma lição.
A produção, que tem direção de Ry Russo-Young, consegue reunir todos os clichês desse tipo de filme. A começar pelo fato de ser uma adaptação de uma obra literária de sucesso entre o público juvenil de autoria da norte-americana Lauren Oliver, que vendeu no Brasil mais de 20 milhões de exemplares. Depois, pela própria história que já foi vista diversas vezes em outras produções, como no ótimo Antes que termine o dia (2002) em que a protagonista também se chama Samantha.
O problema de Antes que eu vá não é apenas ter uma fórmula batida, mas o fato de tratar de forma muito rasa temas como bullying, relação com os pais e até suicídio e ter personagens nada carismáticos. Samantha, por exemplo, trata os pais com desprezo e faz parte de um grupo de amigas que acha que comanda a escola e, por isso, não se envergonha nem um pouco de fazer piada com todos.
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Outro ponto negativo é que o dia escolhido para passar repetidamente na tela não tem nada de interessante ou construtivo. Além do fato de que o final realmente não faz o menor sentido. Se algo vale a pena em Antes que eu vá é a presença da irmã mais nova de Samantha, a fofíssima Izzy, papel da atriz-mirim Erica Tremblay.