'A garota ocidental' conta história de jovem paquistanesa
Zahira, protagonista do filme, encara costumes orientais e pressão da família
Ricardo Daehn
Publicação:23/06/2017 06:00Atualização: 22/06/2017 16:39
Longe do maniqueísmo das fitas que colocam um indivíduo contra tradições familiares, A garota ocidental ganha corpo pelo relativo clima de paz e acolhimento que, inicialmente, cerca a protagonista Zahira (Lina El Arabi).
Zahira enfrenta as tradições paquistanesas para ser feliz
Longe do maniqueísmo das fitas que colocam um indivíduo contra tradições familiares, A garota ocidental ganha corpo pelo relativo clima de paz e acolhimento que, inicialmente, cerca a protagonista Zahira (Lina El Arabi).
Num impasse extremo, ela está grávida e pretende abortar — contando apenas com o apoio do irmão Amir (Sébastien Houbani).
Em casa Zahira sofre a pressão exercida pelos pais paquistaneses, com tom velado. A mãe é vivida pela atriz Nina Kulkarni, enquanto o pai ganha credibilidade máxima na pele de Babak Karimi (vencedor, com A separação, do Urso de Prata de melhor ator, em Berlim).
Terceiro longa do diretor belga Stephan Streker, A garota ocidental repassa bem a forjada maturidade de Zahira, criada em meio às incertezas de autoafirmar-se.
Numa cena triste, que mostra a tecnologia a serviço das relações pessoais, o pretendente de Zahira, Adnan (Harmandeep Palminder), deixa entrever o automatismo de sentimentos movidos a promessas de dotes e a casamentos que contemplam até a necessidade da reconstituição de hímen.