Maria Ribeiro estreia como protagonista em 'Como nossos pais'
A atriz traz ao cinema uma protagonista que simboliza mulher moderna
Ricardo Daehn
Publicação:01/09/2017 06:00Atualização: 31/08/2017 17:45
Uma década depois do ótimo Chega de saudade (2007), centrado em parte no universo feminino, a diretora Laís Bodanzky retoma o tema em Como nossos pais, desta vez, muito apoiado na figura da protagonista Rosa, bem alinhada às atitudes de sua intérprete, a atriz Maria Ribeiro.
Numa investida que desencoraja o retrato do homem primitivo, a trama desdobra os conflitos latentes na relação entre Rosa e Dado (Paulo Vilhena). Mãe de família, Rosa assume ser pura fachada e até o fato de não dar conta de tudo. Generalizações em torno dos modelos masculinos são desencorajadas pelos bons retratos de tipos a cargo dos atores Felipe Rocha e Jorge Mautner (um pai amoroso). Rosa, filha de Clarice (Clarisse Abujamra), pode até ter sido tolhida pela mãe, mas diante de uma revelação pesada, a protagonista se inclina à reinvenção.
Revisão na escala de desejos, reavaliação de eventos do passado e a ostensiva adoção de quebras de tabus se acomodam na trajetória de Rosa. Com uma postura menos na defensiva e até fragilizada, ela se encontra, no verdadeiro dueto mantido com Clarice. Humor e uma dose necessária de docilidade, por parte da cineasta Laís Bodanzky, fazem de Como nossos pais e de sua “feminista erótica” (como Rosa é tachada, em busca de autoconhecimento) elementos inesquecíveis.
Confira as sessões do filme.
Maria Ribeiro ganhou o prêmio de melhor atriz em Gramado pela performance em Como nossos pais
Uma década depois do ótimo Chega de saudade (2007), centrado em parte no universo feminino, a diretora Laís Bodanzky retoma o tema em Como nossos pais, desta vez, muito apoiado na figura da protagonista Rosa, bem alinhada às atitudes de sua intérprete, a atriz Maria Ribeiro.
Numa investida que desencoraja o retrato do homem primitivo, a trama desdobra os conflitos latentes na relação entre Rosa e Dado (Paulo Vilhena). Mãe de família, Rosa assume ser pura fachada e até o fato de não dar conta de tudo. Generalizações em torno dos modelos masculinos são desencorajadas pelos bons retratos de tipos a cargo dos atores Felipe Rocha e Jorge Mautner (um pai amoroso). Rosa, filha de Clarice (Clarisse Abujamra), pode até ter sido tolhida pela mãe, mas diante de uma revelação pesada, a protagonista se inclina à reinvenção.
Revisão na escala de desejos, reavaliação de eventos do passado e a ostensiva adoção de quebras de tabus se acomodam na trajetória de Rosa. Com uma postura menos na defensiva e até fragilizada, ela se encontra, no verdadeiro dueto mantido com Clarice. Humor e uma dose necessária de docilidade, por parte da cineasta Laís Bodanzky, fazem de Como nossos pais e de sua “feminista erótica” (como Rosa é tachada, em busca de autoconhecimento) elementos inesquecíveis.
Confira as sessões do filme.