Crítica: Filme 'Os parças' desperta graça no espectador, mas não muita
Ricardo Daehn
Publicação:01/12/2017 15:41

Golpes idealizados à margem das lojas populares da Rua 25 de março (em São Paulo) dão o pontapé na fita, longe de se sustentar, em termos de graça. O vocabulário busca afinidade com quem fala "home tite" (no lugar de home theater) e curte traços de "ostentação".
Trocadilhos como "picadura do alfinete" e situações que fazem referência a depilador de Tony Ramos surtem alguma graça, mais pela interpretação dos atores. Mas, é pouco. Muito envereda para o humor rasteiro, com referências a centrimetagem de pênis, a músicas de Fábio Jr. (com infinitos casamentos) e citação à chanha (irritação na pele).
No elenco, que inclui Whindersson Nunes, quem se destaca é Tom Cavalcante (ótimo, quando contracena com ele mesmo, numa cena de casal). Ao fim, quando tudo concorre para arranjos de uma festa de casamento, o longa parece um cruzamento de Made in China com Superpai, e com outro filme descoordenado de grupo, Vai que dá certo (2013). SQN, no caso.