'Mulheres divinas': filme suíço aborda a luta das mulheres pelo voto
O longa-metragem 'Mulheres divinas' mostra a vontade das mulheres suíças de se emanciparem e votarem
Com acentuada correção política e narrativa bem formatada, a produção assinada por Petra Biondina Volpe tem muito para agradar. Não à toa, tem, entre os prêmios, um atribuído pelo público, no Festival novaiorquino de Tribeca.
Enquanto As sufragistas (2015), outro filme de apelo feminista assinado por Sarah Gavron, trouxe tema similar, Mulheres divinas — que trata de emancipação feminina e do direito a voto, na Suíça dos anos de 1970 — aposta na retidão da trama: quer mostrar a luta por igualdade nos direitos dos gêneros.
Quase sem querer, Nora (Marie Leuenberger) se dá conta do vital papel exercido no seio familiar, numa pequena vila sem muitas novidades. O marido dela (intepretado por Maximilian Simonischek) vive bom momento profissional, sem se ligar nas necessidades de crescimento da mulher. A revolução de 1968 parece não ter eco na sociedade de Nora. Theresa apanha do marido, a aposentada Vroni quer retomar uma posição de luta por direitos e Hanna, uma moça, é julgada pela suposta promiscuidade.