Em autodocumentário, o cineasta Manoel de Oliveira conta a própria história
O cineasta Manoel de Oliveira pediu à cinemateca de Portugal que o documentário 'Visita ou Memória e confissões' só fosse divulgado quando ele morresse
Em 1982, o português Manoel de Oliveira fez uma espécie de “autodocumentário”, Visita ou Memórias e confissões, em que retrata a própria história. Com o filme pronto, Manoel o doou ao acervo da Cinemateca de Portugal e fez uma exigência: que o longa permanecesse inédito até a morte dele, o que só aconteceu em 2015.
A vontade do cineasta foi respeitada e somente agora Visita ou Memórias e confissões chega às telas brasileiras. A ação começa quando Manoel, aos 73 anos, é obrigado a sair da casa onde viveu por 40 anos. O motivo da mudança, o português não esconde: dívidas.
Enquanto se despede da casa, Manoel fala sobre a própria obra e sobre a vida. Não escapam a família, o casamento, o modo como ele via as mulheres e temas como virgindade e riqueza.