Mária (Alexandra Borbély) e Endre (Morcsányi Géza) trabalham no mesmo abatedouro de gado na Hungria, mas não se conhecem. Ele é diretor financeiro e ela, a recém-contratada responsável pelo controle de qualidade da empresa. A dupla é protagonista de Corpo e alma, raro exemplar da cinematografia húngara a estrear na cidade.

Dirigido por Ildikó Enyedi, o filme se passa num universo onírico. Embora Mária e Endre tenham se encontrado poucas vezes, eles se “veem” com frequência no mundo dos sonhos, onde são um cervo macho e um cervo fêmea que vivem em harmonia. Mesmo antes de Mária começar a trabalhar no abatedouro, ela e Endre têm frequentemente os mesmos sonhos, nos quais aparecem e são apaixonados um pelo outro.

 

 

Quando o encontro sai do sonho para a realidade, o choque é inevitável. As diferenças entre eles ficam cada vez mais evidentes. Enquanto ele é simpático com todos, muito querido e bonachão, ela é extremamente perfeccionista e metódica, além de ser mais reservada.

A entrega ao amor, como não poderia deixar de ser, não vem fácil. Eles demoram a descobrir que são os cervos dos sonhos — isso acontece por meio da psicóloga laboral contratada pela empresa — e os dois têm dificuldades enormes de relacionamento.