Crítica: 'Círculo de fogo: a revolta' revela que franquia precisa de reciclagem
A sucata usada nos robôs poderia servir para recauchutar longa que peca pelo excesso de clichês
Ricardo Daehn
Publicação:23/03/2018 06:04Atualização: 22/03/2018 19:13
Robôs Kaijus voltam a ameaçar a Terra num roteiro recheado de piadinhas, ação e embate entre o bem e o mal
Na trama de Círculo de fogo: a revolta, há uma moça jocosamente chamada de “garota ferro-velho”, por causa do hábito de, a partir de sucata, elaborar grandiosos robôs. O nome dela é Amara (a atriz estreante Cailee Spaeny) e, tal qual ocorrido com o recente Logan, muito da trama gira ao redor da adolescente.
Muita coisa, aliás, parece reciclada no filme assinado por Steven S. DeNight, e que traz Guillermo del Toro (A forma da água) como produtor. A montagem, por exemplo, se assemelha à de qualquer programa de tevê meia-boca que reclame “modernidade”. Além do quê constante de jogo virtual interativo, Círculo de fogo traz um apanhado de referências coladas em Transformers, Alien, Tron, Godzilla e MiB.
Piadinhas, ação incessante e embates entre ex-companheiros dão as cartas no roteiro do longa. O Corpo de Defesa Pan Pacífico (PPDC), 10 anos depois do desaparecimento dos ameaçadores e gigantes Kaijus, segue em estado de alerta. Saído da escória, Jake (John Boyega), acionado pela irmã (Rinku Kikuchi), tem muito para um upgrade: será líder (ou, melhor, ranger), ao lado do ambicioso Nate (Scott Eastwood). A tarefa de ambos será colocar na linha, junto com a guerreira Jules (Adria Arjona), adolescentes descontrolados, como Amara e a russa Viktoria (Ivanna Sakhno).
Entoando frases como “vou acabar com o mundo”, os personagens melhor definem o propósito de Círculo de fogo. Nada mais é do que a formação de uma arena para embates entre máquinas do bem e do mal.
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