Brasília-DF,
24/ABR/2024

'A melhor escolha' aborda a Guerra do Iraque; leia a crítica

O roteiro de Darryl Ponicsan conta a história de três ex-fuzileiros navais

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Ricardo Daehn Publicação:23/03/2018 06:00
 (Reprodução/Internet)

 
Existe algo de definitivo em muitos dos títulos de obras criadas pelo roteirista Darryl Ponicsan, de A última missão (1973),Toque de recolher (1981) e Licença para amar até a meia-noite (1974). Com A melhor escolha (tradução nacional para Last flag flying, algo como A última bandeira a tremular), Ponicsan não fica atrás. Revendo feridas do Vietnã, compartilhadas por três ex-recrutas, o filme do diretor Richard Linklater (de Boyhood) alcança as mazelas da Guerra do Iraque.

Ambientado em dezembro de 2003, A melhor escolha mostra o destino do “homem decente” Doc Shepherd (Steve Carell, em mais um papel dramático). Viúvo, ele deverá lidar com a morte do filho, a reboque dos reflexos de Saddam Hussein e dos chamados “cabeça de turbante”. Doc deixa o vilarejo Dover, na Pensilvânia, para dar funeral digno ao filho.
 
 
No doloroso roteiro, ele pretende acionar outros ex-fuzileiros navais, com os quais divide lembranças e arrependimentos: o explosivo ateu Sal (Bryan Cranston) e o transformado Mueller (Lawrence Fishburne), agora, um pastor batista.

Irônico e bem-humorado, mesclando os prazeres da amizade com as aflições do trio de protagonistas, o longa tem abordagem questionadora, com situações que analisam expressões como heroísmo, “solo sagrado” para o cemitério militar de Arlington e “os Estados Unidos vistos como um bom país”. Divertido, o trio de atores tem ótima interação e harmonia. Divergências militares, contestações religiosas e boas histórias apontam a coerência do roteiro e a boa forma do diretor Richard Linklater.
 
 
 

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