O que a crítica internacional mais elogiou em Antes que tudo desapareça foi o fato de o diretor Kiyoshi Kurosawa não se levar a sério na empreitada. Isso porque a trama não é das mais verossímeis. Shinji Kase (Ryuhei Matsuda) some de casa e, quando volta, a esposa dele, Narumi Kase (Masami Nagasawa) o encontra completamente mudado, mais amável e sensível. A explicação passa por abdução de alienígenas escondidos em corpos de japoneses.

 

 

Exibido no ano passado na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, O dia depois chamou a atenção da crítica. O longa sul-coreano dirigido por Hong Sang-Soo é uma espécie de crônica do cotidiano que aborda, a partir de questões banais, reflexões mais profundas. Não por acaso, Sang-Soo é diversas vezes comparado a Woody Allen. No longa, Kim Bongwan (Kwon Hae-hyo), um editor literário arrogante, covarde e mulherengo, se envolve sempre em situações tragicômicas e absurdas, como o incansável questionamento da mulher se ele tem uma amante. E é nesses momentos do cotidiano que o longa se desenvolve e se constrói.