'A cidade do futuro' é uma a história de um triângulo amoroso nos anos 1970
O filme tem boa proposta, mas não surpreende na execução. Confira a crítica do longa-metragem
Em dupla, os cineastas Cláudio Marques e Marília Hughes, há cinco anos, fizeram render o confronto entre autoridade e aspirações juvenis, no premiado Depois da chuva. De volta ao terreno dos longas-metragens, com A cidade do futuro, eles sondam novamente barreiras de liberdade, antes dispostas em ambiente escolar.
Com A cidade do futuro, a perspectiva é modificada: entram na berlinda professores, bastante jovens, interpretados por Milla Suzart e Gilmar Araújo. Reconfigurando muito da realidade para o plano da ficção, os diretores obtêm um resultado que, descontada a porção realista, resulta numa dramaturgia flácida, num cinema desmotivado.
Inserida na cidade de Serra do Ramalho (ao norte da Bahia), a trama formulada aos trancos dispõe a herança de uma sociedade desalojada para a construção da represa de Sobradinho.
Cercados pela inflexibilidade dos mais conservadores, Milla e Gilmar têm dificuldades de vivenciar plenamente a situação de amor que ainda inclui o vaqueiro Igor (papel de Igor Santos). Esse ator de ocasião, por sinal, se prova, pela inexpressividade, um dos grandes problemas da fita.
Tratando de um momento especial para o trio, A cidade do futuro, com alguma elaboração visual, não ultrapassa voo mediano, longe de apresentar maiores atrativos.
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