'Tudo que quero' tem trama sustentada por boa atuação de Dakota Fanning
Confira a crítica sobre o novo longa do polonês Ben Lewin
Há momentos surreais em Tudo que quero, o mais recente filme do diretor polonês Ben Lewin (lembrado pelo equilibrado drama As sessões, feito há seis anos). Na epopeia fantasiosa de Wendy (Dakota Fanning), ela trava diálogo com um absoluto desconhecido, na língua klingon (que, possivelmente, os trekkies entenderão).
“Complexa e criativa” são algumas das qualidades ressaltadas pela pessoa que melhor conhece Wendy: a doutora Scottie (Toni Collette). Com quase 30 anos e sem acirrada conexão com as pessoas inseridas no cotidiano dela, Wendy é autista.
Esquemático, o drama assinado por Ben Lewin tem por armadilha a própria origem: foi o dramaturgo Michael Golamco quem adaptou uma peça teatral dele mesmo, gerando um roteiro bastante previsível.
Ainda que bem sustentada pela interpretação de Dakota Fanning, a compenetrada protagonista cria em volta de si uma metáfora bastante óbvia que serve para a vida dela e para o sonho momentâneo que ela carrega de ser autora do mais recente roteiro de Star Trek.
Ao lado do companheiro, um pequeno cachorro, Wendy se afasta do centro de convivência em que sempre esteve abrigada, a fim de cumprir a entrega do roteiro idealizado para a participação num concurso de tevê.
Confira as sessões para o filme aqui.