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19/ABR/2024

Crítica: 'Deadpool 2' apresenta um herói sem travas na língua

Sucesso nas telonas, a segunda parte da franquia 'Deadpool' estreia nos cinemas da cidade

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Ricardo Daehn Publicação:18/05/2018 06:00Atualização:17/05/2018 17:19
A formação da X-Force dá muitas dores de cabeça ao hilário protagonista (Twentieth Century Fox/Divulgação)
A formação da X-Force dá muitas dores de cabeça ao hilário protagonista
 
Culpas, despedidas e acrobacias cênicas infestam, quase como lei, todo o bom roteiro de super-herói que se preze. Com Deadpool 2 não é diferente. Mas, na relação com piadas infames, o protagonista do filme de David Leitch se torna imbatível e adorável. Só neste filme, vigora a liberdade de comparações como a de alguém correr “como pedófilo que perdeu seu laptop”. Na cartilha do politicamente incorreto, a fita — criada para chocar — traz piadas com temas como melanoma e cocaína, além de teses escabrosas em torno de papel higiênico.
  
O filme do inusitado herói (interpretado por Ryan Reynolds), que curte um cafuné bem-feito, ainda ganha a trilha dos sonhos, contemplando de Air Supply a A-Ha, passando por Celine Dion. A promessa de criação da imbatível X-Force, com mutantes pra lá de esquisitos, é desenvolvida pelo protagonista na melhor parte do filme, que chega bem segmentado, em duas partes (a primeira, aliás, quase enfadonha).
 
 
Revoltado, o mutante Russell (papel de Julian Denisson) cria muita confusão para o herói, forçosamente agregado à parte dos X-Men (numa das melhores cenas, ele até se apropria do Cérebro usado pelo professor X), na tentativa de combater o misterioso Cable (Josh Brolin). Além disso, deverá se concentrar para deter Russell do impulso de “fazer do mundo capacho”.
 
As melhores tiradas de Deadpool 2 cercam não só o protagonista, mas também parte da carreira do ator Ryan Reynolds (que tem no currículo filmes como A proposta e Lanterna Verde). Discretos traços de lesbianismo, citações a 007, e o ápice do escracho, que reverencia a cruzada de pernas de Sharon Stone (em Instinto selvagem), não passam sem risos, no hilário arsenal de piadas do companheiro da bela Vanessa (Morena Baccarin). De quebra, o super-herói sem travas na língua brinca com situações de cegueira e de apropriação cultural, algo que quase chamusca sua imagem.
 
 

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