Com mais de 450 horas de filmagens, a partir da movimentação de uma pequena equipe de cinema pelos corredores de cenários de Brasília que abrigam alas do poder presidencial, a diretora Maria Augusta Ramos construiu a visão do longa O processo, documentário que chega à rede de 24 cidades brasileiras.

 

Culminando com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, o colapso político brasileiro, acentuado em 2016, está no centro do filme como efeito e causa. Trânsitos de interesses no Congresso Nacional e votações na Câmara dos Deputados e no Senado são elementos do filme que não abre campo para entrevistados. Tudo é observado, com teor de distanciamento.

 

Sessões de O processo 

 

 

Ao lado da montadora de cinema Karen Akerman (de As cartas psicografadas de Chico Xavier), e do diretor de fotografia Alan Schvarsberg (mais conhecido na tevê), O processo chega às telas com passagens por importantes festivais de cinema, como o de Berlim. O filme foi votado melhor longa internacional no Festival Documenta Mardi (Espanha), além de ter levado dois prêmios no Fest Indie Lisboa (Portugal).