Crítica: Sem pique, a comédia 'Alguém como eu' não entusiasma
A coprodução portuguesa é estrelada por Paolla Oliveira
Ricardo Daehn
Publicação:25/05/2018 06:05Atualização: 25/05/2018 11:31
Paolla Oliveira e Ricardo Pereira estrelam o longa dirigido por português
Ameaças ao casamento, rotinas e desapontamento, mês a mês. Bem antes de tudo isso ameaçar a jovial Helena (Paolla Oliveira), na comédia romântica Alguém como eu comandada pelo diretor português Leonel Vieira, a personagem cultiva uma vida independente, sem ainda tomar conhecimento de Alex (Ricardo Pereira).
“Bonito e mostrando serviço”, Alex seria uma das soluções para a publicitária solitária, com altos problemas afetivos. Nada verossímil, uma situação inusitada (e explorada sem entusiasmo, até mesmo pelos atores) concorre para relacionamento se tornar chocho: no lugar de Alex, Helena passa a identificar a imagem de uma mulher (papel de Sara Prata).
Como em cartões-postais, o filme exibe belos ângulos de Lisboa e do Rio de Janeiro e apresenta um impressionante momento de fado, com a celebrada Mariza. Em termos de cinema, porém, há inadequação no ritmo de edição, longe do pique necessário a qualquer comédia. Elementos batidos, como a do amigo gay que quase rouba a cena (Arlindo Lopes, divertido) e da tensão na terapia, funcionam — ou não; neste caso, a alucinação com a mudança de sexo de Alex, em nada, se revela interessante.