Estreia na cidade o drama húngaro sobre refugiados que teve participação em Cannes
Filme húngaro Lua de Júpiter representa, em metáfora, dramas de imigrantes ilegais
Correio Braziliense
Publicação:01/06/2018 06:01Atualização: 31/05/2018 18:06
Lua de Júpiter representou os filmes de ação em Cannes
Quem disse que festivais renomados como o de Cannes não dão bola para os super-heróis? Ano passado, o húngaro Lua de Júpiter esteve na disputa pela Palma de Ouro justamente para mostrar o contrário — ou para, por ser exceção, confirmar a regra.
O longa do diretor Kornél Mundruczó nos apresenta a Aryan, imigrante baleado na tentativa de cruzar ilegalmente a fronteira e entrar na Hungria. O que poderia significar a morte do jovem traz, na verdade, o poder da levitação, que será muito útil para ele no centro de refugiados para o qual é levado.
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A questão da imigração, atualíssima no noticiário do Velho Continente, se mistura com a astrologia no roteiro que compara a sobrevivência no campo de refugiados à capacidade das luas de Júpiter têm de receber a vida humana, em especial — e não por acaso — à da lua Europa.
A crítica internacional ficou divida entre elogiar ou não o roteiro de Lua de Júpiter, que acaba, por analogia, chegando à conclusão de que a Europa é o continente mais avançado do globo. Isso não aconteceu com a direção e com a fotografia, muito elogiadas.