'Baronesa' e 'Travessia', dois curtas produzidos por mulheres chegam às telonas
Os filmes abordam temas sociais e regionais
Correio Braziliense
Publicação:15/06/2018 06:03Atualização: 14/06/2018 11:04
Os nomes de ruas em Belo Horizonte, em sua maioria, masculinos, deram o mote para Baronesa
Pelo menos sete mulheres (entre equipes e entrevistados) estiveram comprometidas com transformações sociais e regionais sugeridas nos filmes Baronesa e Travessia, que serão exibidos, em sequência, nas telas de cinema.
A ausência de imagens da bisavó e da avó materna em fotografias mobilizou a curiosidade de Safira Moreira, autora do curta Travessia. O filme reflete em torno da lacuna na memória de pessoas negras, num país racista.
O longa Baronesa, por sua vez, foi o melhor filme do segmento aurora na Mostra de Tiradentes e o melhor filme segundo crítica e júri jovem do 3º Pirenópolis Doc.
Exibido no Festival de Cinema de Brasília ano passado em sessões especiais, Baronesa leva a assinatura de Juliana Antunes, que ficou intrigada com uma situação de Belo Horizonte: nomes femininos predominavam no batismo de bairros periféricos.
A partir da observação, chegou à realidade presente na vida de pessoas como as protagonistas Andreia e Leid, que viviam impedidas de plena realização, por causa da atuação de traficantes que, indiretamente, invadia o cotidiano.