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20/ABR/2024

'Talvez uma história de amor': uma história interessante que não escapa dos clichês

Personagem de Mateus Solano busca a mulher perfeita depois de dispensá-la na mesa de cirurgia

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Ricardo Daehn Publicação:15/06/2018 06:00

Talvez uma história de amor está recheado de clichês (Reprodução/Internet)
Talvez uma história de amor está recheado de clichês

 

Numa lista pregada na geladeira parece que cabe a vida perfeita do publicitário Virgílio (Mateus Solano). Saído da métrica e lidando com aspectos inconvenientes, ele perde de vista o sentido da existência.

 

Sob enquadramentos artesanais, São Paulo redesenha em muito sua rotina, pelo que indica Talvez uma história de amor, filme assinado por Rodrigo Bernardo.

 

 

 

De certa forma, o protagonista de Mateus Solano parece inspirado por boas comédias como Medianeras (de Gustavo Taretto) e De onde eu te vejo (de Luiz Villaça): na solidão, pretende se realizar.

 

Ainda que inspirados pelos escritos do francês Martin Page, o filme se apropria do clássico Tarde demais para esquecer (1957), que, pela vez, inspirou Sintonia de amor (1993). Mesmo interessante, não há como fazer vista grossa a clichês desnecessários.

 

Enquanto Otávio (Marco Luque), colega de Virgílio, defende que mulheres superam fim de relação comprando uma bolsa nova, cortando o cabelo ou surtando, o publicitário tem esquematizada a ideia de se preservar dos imprevistos sentimentais.

 

Tudo okay, até que vem a bomba: antes de realizar uma tomografia craniana, Virgílio recebe uma mensagem de Clara, que anuncia a separação de ambos. "Sequer, eu a conheço" é como passa a defender ele, com a intriga de que tudo pode se tratar de "amnésia lacunar".

 

Com entonação e carga cênica que faz lembrar Ary Fontoura, Mateus Solano dá show de sutilezas, à frente do personagem. Conceitos de controle e de mudança permeiam toda a história. Na jornada, Virgílio vai topar com muitas mulheres, sob a intenção de reencontrar Clara, a moça que, literalmente, ele esqueceu. Entre cafés, encontros em food truck e passagens pelo Masp, o tipo interpela conhecidas como Denise (Flávia Garrafa, a melhor do elenco), que decreta a vontade de ver todos diabéticos, no caso de ser impedida de comer doces.

 

Até tropeçar em Toni (Cyntia Nixon, de Sex and the city) e alcançar o topo do Rockefeller Center (Nova York), Virgílio vai penar, em situações que envolvem ser babá de cachorro, parecer namorado de uma mulher invisível e dar de cara com João (Paulo Vilhena), autor que escreve livros infantis, sem ao menos gostar de crianças.

 

Confira as sessões para o filme aqui

 

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