'Sicário: Dia do soldado' é uma continuação carregada de críticas
Com a volta dos personagens de Benício Del Toro e Josh Brolin, o filme mostra unidade no roteiro
Com talentos renomados, a continuação do primeiro filme Sicário: Terra de ninguém (2015), que levou o diretor canadense Denis Villeneuve a competir nos Festival de Cannes, vem calibrada numa história constituída de unidade, pela ótica de Taylor Sheridan, o mesmo roteirista do primeiro enredo.
Indicado ao Oscar pelo longa A qualquer custo (2016), Sheridan não apela para truques baratos — fala, na retidão, sobre o valor das vidas no mundo atual, da condição dos imigrantes ilegais, escrutina (em parte) a patrulha de fronteira dos Estados Unidos e mostra o poderio norte-americano para torturar e alcançar informações preciosas.
Dirigido, desta vez, pelo italiano Stefano Sollima, Sicário: Dia do soldado começa com a assustadora imagem de tapetes de orações largados, numa fronteira invadida.
Atentados terroristas, mortes de inocentes e ações divididas entre Colômbia, México e Somália acusam a complexidade do filme estrelado por Josh Brolin (no papel de Matt) e Benício Del Toro (novamente no papel de Alejandro). Catherine Keener e Isabela Moner completam o elenco, em papéis importantes.
Entre personagens disfarçados do que não são e violência gráfica pesada, Sicário mostra o desmantelar de crises governamentais entre México e Estados Unidos e discórdias plantadas para a liquidação de cartéis nocivos aos americanos.
Num jogo de interesses que contrapõe valores atribuídos a cocaína e a pessoas, é precioso o momento mágico de delicada comunicação mantido entre um homem áspero (Alejandro) e um simplório surdo-mudo, inteirado (via tevê) de fatores e embates globalizados.
Confira as sessões para o filme aqui.