Crítica: 'Nos vemos no paraíso' agrada e traz enredo e tratamento clássico
Longa teve 13 categorias indicações ao prêmio César (o mais importante da França), obtendo um resultado positivo em seis delas
Ricardo Daehn
Publicação:06/07/2018 06:04Atualização: 05/07/2018 17:10
Nos vemos no paraíso concorreu a 13 prêmios César
Com praticamente metade de vitórias nas 13 categorias indicações ao prêmio César (o mais importante da França), Nos vemos no paraíso, longa agridoce assinado e estrelado por Albert Dupontel, traz enredo e tratamento clássico para uma trama encerrada pouco depois da Primeira Guerra.
Ator de filmes como Irreversível e Uma juíza sem juízo, Dupontel interpreta um contraventor disposto a lucrar com a emoção e a honra levantada por heróis do front. Ele faz uma dobradinha sem apelo fácil, com o parceiro de crimes Edouard (Nahuel Pérez Biscayar).
De origem abonada, Edouard se aplica, para além da guerra, na criação de infinitos desenhos e esboços nada reconhecidos pelo pai dele, interpretado por Niels Arestrup (o excepcional ator de O profeta).
Tratando de âmbitos públicos (o governo francês é alvo de negociatas, no enredo) e privados (há um drama familiar intenso desenvolvido no filme), o longa examina temas como contas que não fecham e fraudes que, instaladas, machucam muitos dos personagens. Entre os coadjuvantes, destaque para a pequena Héloïse Balster, que vive Louise, uma espécie de intérprete para o emudecido Edouard e Laurent Lafitte (de Elle), o desprezível Pradelle, apresentado na triste narrativa de Nos vemos no paraíso.
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