Crítica: 'O orgulho' traz em cena professor mordaz e diálogos afiados
Longa se equilibra entre drama e comédia
Ricardo Daehn
Publicação:20/07/2018 06:05Atualização: 19/07/2018 18:30

Neila é desafiada a enfrentar uma espécie de maratona de retórica
Na pele da suburbana Neila, Camélia Jordana é um dos grandes atrativos de O orgulho, longa que mistura drama e comédia.
O diretor Yvan Attal investe em debates sobre oratória, sobre o desafio de obstáculos, e ainda contorna o tema dos imigrantes na França.
Neila quer se destacar na faculdade de direito na qual brilha o professor Pierre Megard. Com sarcástico ar de carrasco, o personagem é desempenhado com desenvoltura pelo argelino Daniel Auteuil.
Repleto de conceitos ultrapassados a serem superados, Pierre tem a reputação extremamente comprometida, depois de, publicamente, agredir a aluna por chegar atrasada à aula.
Num paralelo com as difundidas gincanas de matemática, Megard é especialista no preparo de alunos para competições de retórica.
Com diálogos afiados, o filme curiosamente ficou de fora na competição pelo César de roteiro, sendo indicado em três outras categorias: filme, ator (Daniel Auteuil) e atriz revelação (Camélia Jordana).