Crítica: 'Todo dia' é um filme que retrata a eterna conquista do amor
Longa dirigido por Michael Sucsy cria um clima de suspense apoiado pela diversidade

Uma carreira interessante dá credibilidade ao mais novo filme do diretor Michael Sucsy, Todo dia. Sucsy tem interesse pelo extravagante e preza o esforço diário de personagens que queiram reconquistar amores do presente.
Num terreno mais fantasioso e aberto a interpretações juvenis, Michael Sucsy tem como cicerone e inspiração um livro best-seller escrito por David Levithan, autor já na terceira adaptação para cinema. Rhiannon (Angourie Rice) é uma das protagonistas num caso de amor de múltiplas pontas.
No começo, tolera o inexpressivo namorado Justin (Justice Smith). Isso, até o momento em que percebe que, literalmente, ele pode ser outra pessoa. A mudança de comportamento faz com que Rhiannon aprofunde o espectro da percepção daqueles que a cercam.
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As novas qualidades de Justin, entretanto, acatam uma conspiração do universo: o ser humano "A" ocupa provisoriamente o corpo do namorado dela, e assim segue, se apossando, sem querer, de outros corpos.
Quebrando o gênero da possessão, como algo associado a terror, o cineasta subverte expectativas, apostando nisso como um modelo de tolerância.
Mesmo com a deplorável atuação de Michael Cram (que faz o pai de Rhiannon), o filme se sustenta pelo reforço de aspectos da diversidade, e pela curiosidade de quem efetivamente ficará com a protagonista.