Brasília-DF,
24/ABR/2024

Em 'Marvin', protagonista gay derruba barreiras para se afirmar

A diretora Anne Fotnaine volta a tratar de assuntos polêmicos em novo filme

Diminuir Fonte Aumentar Fonte Imprimir Corrigir Notícia Enviar
Ricardo Daehn Publicação:07/09/2018 06:00Atualização:07/09/2018 13:13
 (Reprodução/Internet)
 
A diretora Anne Fontaine nunca fugiu de polêmicas, como demonstrou na exploração do erotismo em Nathalie X (2003) e na penca de noviças grávidas que movimentaram o longa Agnus Dei (2016). 
 
Com Marvin, centrado na figura de um protagonista gay que cumpre uma via crucis para se afirmar, a serenidade da diretora, com sabedoria, fala mais alto.
 
 
A Marvin — que, em tradução, tem por sobrenome “joia” — cabe o tratamento de simples bijuteria. Ninguém em seu ciclo lhe dá o valor e a credibilidade, seguindo a linha do pai rude (Grégory Gadebois) e da mãe mais do que distraída (Catherine Salée). Numa atitude ainda mais violenta, o irmão Gérald reserva a Marvin o completo desprezo.
 
 
 
Ao personagem (o rigoroso Finnegan Oldfield), sempre na beirada de verdadeiro precipício, não cabe, entretanto, o papel de vítima complacente. A fim de entalhar sua personalidade, ele busca o teatro, motivado por mentores interpretados por Vincent Macaigne, o professor cheio de opiniões, e Catherine Mouchet, a diretora do colégio em que Marvin sofre bullying.
  
Reescrever a própria história é o digno meio de sobrevivência do protagonista que, na infância, é interpretado pelo brilhante Jules Porier e que ainda ganha o respaldo da presença na vida da musa Isabelle Huppert (intérprete de si mesma, no filme).

Tags: cinema

COMENTÁRIOS

Os comentários são de responsabilidade exclusiva dos autores.

CINEMA

TODOS OS FILMES [+]

EVENTOS






OK

BARES E RESTAURANTES