'Millennium: A garota na teia de aranha' tem fria interpretação de Claire Foy
Personagem emblemático da literatura de Stieg Larsson, a hacker Lisbeth Salander é a protagonista de 'Millennium: A garota na teia de aranha'
Ricardo Daehn
Publicação:09/11/2018 06:00Atualização: 08/11/2018 18:21
Claire Foy é a nova protagonista da continuação da saga
Há sete anos, o nervoso cinema de David Fincher, sob aclamado livro sueco, trouxe a angelical Rooney Mara na telona como um protótipo muito bem-vindo para a sociedade que tem se reinventado a partir do novo patamar das mulheres. O filme chamava-se Millennium: Os homens que não amavam as mulheres. O marcante papel de Mara, a sueca, hacker e justiceira que atende por Lisbeth Salander — está de volta, em A garota na teia de aranha.
Novamente com os personagens dos livros criados com ideias de Stieg Larsson (morto em 2004) em cena, a trama do longa prende. Roteirista de filmes de David Cronenberg e de Stephen Frears, Steven Knight colabora positivamente com a ambientação, fria e estilosa. Não é a troca da atriz protagonista, agora Claire Foy (da série The Crown, da Netflix), que incomoda. A inatividade do repórter Mikael Blomkvist (Sverrir Gudnason), parceiro de Lisbeth, se torna uma grande lacuna, no filme dirigido pelo uruguaio Fede Alvarez (A morte do demônio). Noutras adaptações, Mikael se via ativamente enredado por Lisbeth — o que não é o caso neste novo longa.
A sobreposição de perseguições na trama é um dos acertos no filme que abre várias frentes: entra em cena um agente especial da Agência de Segurança Nacional (dos EUA), Edwin (Lakeith Stansfield, de Selma e Corra!) e ainda instituições aparentemente pacíficas da Suécia. Explosões magnânimas, uma cena inesquecível (com o personagem chamado Milos Meer) e a pérfida Camilla (Sylvia Hoecks) fazem do filme uma diversão menos medíocre.