Logo de cara,  um encontro nada convincente entre o protagonista de Robin Hood — A origem com a futura amada Marian (Eve Hewson) beira o constrangedor.

Uma falha menor para o longa recheado de ação, tomadas aéreas, corridas de cavalos desgovernados e infindáveis momentos em que arpões, flechas, pedras catapultas e aríetes roubam a atenção. 

Propriedades tomadas de moradores, na calada da noite, tributos e taxas exorbitantes e demais abusos levam, gradualmente, o povo de Nottingham (Inglaterra) a agir. Inicialmente, um nobre “de mãos macias”, Rob, o lorde de Loxley, aprende a se meter em conchavos e frear injustiças.

 

Não tarda e ele é obrigado a seguir para um recrutamento militar. Atitudes grotescas e parâmetros de desrespeito a direitos humanos, mostrados no desenvolvimento das ações ligadas às Cruzadas, não chegam a soar como novidade.

Em meio a batalhas, surge um forte laço entre o herói — que rouba da Coroa para devolver aos pobres — e o personagem de Jamie Foxx, batizado de Pequeno John. John será um mentor para Robin. Pivô de uma separação entre Rob e Marian, Will (Jamie Dornan, de Cinquenta tons de cinza) se enamora de um poder absoluto por meio de uma morna manobra no roteiro dos estreantes Ben Chandler e David James Kelly.

Modernizado, com nova ambientação, Robin Hood também perde pelas caricaturas empregadas pelos atores F. Murray Abraham (um cardeal maquiavélico) e Ben Mendelsohn (o xerife).