Brasília-DF,
22/OUT/2024

Confira a crítica do filme 'Minha vida em Marte'

A produção conta com Mônica Martelli e Paulo Gustavo no elenco

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Ricardo Daehn Publicação:28/12/2018 06:04Atualização:27/12/2018 19:07
Carisma de Paulo Gustavo e Mônica Martelli salva o roteiro de 'Minha vida em Marte' (Ique Esteves/Downtown Filmes )
Carisma de Paulo Gustavo e Mônica Martelli salva o roteiro de 'Minha vida em Marte'

 
No meio do humor acelerado e verborrágico proposto pelo roteiro do filme assinado e protagonizado pela dupla Mônica Martelli e Paulo Gustavo, Minha vida em Marte, o gay Aníbal (Gustavo) ostenta a vontade de, em outra encarnação, “vir formiga”, uma vez que, fecundada, a formiga “não repete o macho”. Brincadeiras com carência, aparência, sex shop e reforços na condição de independência da protagonista Fernanda (Martelli) garantem a popularidade da comédia, que guarda alguns pontos de contato com o exitoso Divã (2009).

Acuada pela obrigação matrimonial de cultivar “um banho sustentável” de quatro minutos e desinteressada no marido Tom (Marcos Palmeira), Fernanda (que se dedica a cerimoniais, ao lado do amigo Aníbal) quer provar da liberdade, passados oito anos de estabilidade. Em campo, Fernanda, mãe da pequena Joana (Marianna Santos), pretende “voltar a se movimentar” no terreno sexual. 

No afã, esbarra até em inesperada e divertida sequência de troca de casais. A chegada da idade — tema também para a comédia anterior dos amigos Aníbal e Fernanda (Os homens são de Marte... E é pra lá que eu vou!) — volta com tudo para atormentar a protagonista.

Todo calcado na afirmação da amizade entre Fernanda e Aníbal, Minha vida em Marte tem forte liga pelo carisma e pelo entrosamento da dupla. Entre os equívocos do humor, está o de martelar em piadas velhas como a dos anões (atores) escalados para a temática da Branca de Neve e o esticado episódio da produção de um “velório alegre”. A presença da cantora Anitta também em nada acrescenta ao filme. Um repertório musical inseguro não ajuda em nada, na trilha sonora.
 
 
Vivendo momentos de ciúme descabido e em domínio claudicante das artimanhas femininas para a conquista, Fernanda tem lá sua graça. Uma das boas sacadas do filme está na viagem para o exterior proposta para os amigos inseparáveis. Paulo Gustavo, dono de uma persona sem sossego, dispara a artilharia ferina nas falas.

Da previsão da “perda total da virilha”, pelas caminhadas intermináveis, até o rótulo para a amiga “dodói da cabeça” (afoita em comprar elástico e algodão em farmácia estrangeira!), ele brilha, trabalhando a aceitação e até ginástica de baixo impacto.


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