Com Willian Daffoe inspirado, 'No portal da eternidade' chega aos cinemas
Filme reproduz parte das últimas experiências do pinto Vincent van Gogh

Um ano depois do impacto da animação Com amor, van Gogh, o longa No portal da eternidade reproduz parte do que teriam sido as últimas experiências de Vincent van Gogh, morto aos 37 anos. Premiado melhor ator no Festival de Veneza e indicado ao Oscar, curioso é lembrar que o ator central do filme, Willem Dafoe, tenha 63 anos.
O roteiro coassinado por Jean-Claude Carrière e pelo diretor Julian Schnabel registra o holandês transitando entre o estado de agitação e o silêncio que dominava a solitária comunhão com a natureza. Pesa ainda a terna relação com irmão, Theo (Rupert Friend), e a intempestiva integração com o mestre Gauguin (Oscar Isaac).
Confira as sessões de No portal da eternidade
A relação de van Gogh com o espaço e com a nova luz que tateava na obra constrói um excelente alicerce. Artista plástico, Schnabel confirma a singularidade da filmografia que inclui O escafandro e a borboleta (2007).
Desse último, repete o reforço de uma câmera subjetiva e instável, numa parceira com o diretor de fotografia Benoît Delhomme (A teoria de tudo), exímio em repassar o registro da perda da razão do pintor, bem como a particularidade de ponto de vista de van Gogh que, pelo roteiro do filme, pretendia desfiar “esperança e conforto” para as pessoas.
Indicação ao Oscar:
Melhor ator (Willian Daffoe)
Assista ao trailer de No portal da eternidade!