Não se engane, indicado a três Oscar, 'Guerra fria' não é um filme político
Produção retrata as idas e vindas da paixão entre Wiktor e Zula
Talvez o grande escorregão do longa dirigido pelo polonês Pawel Pawlikowski tenha lhe escapado das mãos: está na escolha do título Guerra fria, que induz a ideia de um filme político. O foco está nas idas e vindas da paixão de Wiktor (Tomasz Kot) e Zula (Joanna Kulig), inspirada nos próprios pais de Pawel.
As três indicações ao Oscar coroam uma valorização anterior que incluiu de prêmio de direção em Cannes. A fotografia, um estudo aprofundado em preto e branco, é de embasbacar.
Confira as sessões de Guerra fria!
Emotiva e na mesma medida determinada, Zula deixa o meio rural para dançar. Ela faz contraste com o frio músico Wiktor, que arrebanha o talento de Zula, tornada espécie de musa. Ora convergentes, ora discrepantes, ideologia, arte e sentimentos individuais se alinham em Guerra Fria.
O longa ganha fluidez, à medida que os personagens abraçam a liberdade de trânsito e alcançam até mesmo uma Paris movida à quentura e jazz.
Indicações ao Oscar:
Melhor diretor
Melhor fotografia
Melhor filme estrangeiro
Assista ao trailer de Guerra Fria: