Brasília-DF,
26/ABR/2024

Godard monta um quebra-cabeça em 'Imagem e palavra'

O diretor franco-suíço trata de inconformismo, de violência, do espólio de países que têm pouco a entregar para a gana imperialismo

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Ricardo Daehn Publicação:15/03/2019 06:02Atualização:14/03/2019 16:07
O cineasta se utiliza de fragmentos de diferentes obras para montar o filme (Casa Azul Films/Divulgação)
O cineasta se utiliza de fragmentos de diferentes obras para montar o filme


Mais do mesmo? Talvez, mas, mesmo requentada, uma marmita servida pela genialidade do diretor Jean Luc-Godard soa a banquete. E assim é com Imagem e palavra, no qual o diretor franco-suíço cravou a oitava chance de concorrer à Palma de Ouro em Cannes, numa trajetória que incluiu exibições de Elogio ao amor (2001), Adeus à linguagem (2014) e Nouvelle vague (1990). Levou o prêmio especial, em 2018.

A seu modo, com domínio da atenção do espectador, Godard se apropria de um volume assustador de fitas alheias. Trata, com o filme, de inconformismo, de violência, do espólio de países que têm pouco a entregar para a gana imperialismo e ainda para a era obscura da limitação na leitura, outrora desveladora de maior sapiência.

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Godard pode estar algo desiludido, aos quase 90 anos, mas há vitalidade em seu discurso. É como se ele entregasse um longo poema, calibrado pela inspiração de outros gênios do cinema, entre os quais Pier Paolo Pasolini e Nicholas Ray. Acusando a invisibilidade ao universo das culturas árabes, temendo em torno da desumanização dos seres contemporâneos, o diretor ainda encontra espaço para encantar, especialmente quando refina o olhar sobre relações das mais simples possíveis.

Confira o trailer de Imagem e palavra

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