Crítica: 'Uma viagem inesperada' peca no tom novelesco
A coprodução entre Brasil e Argentina acerta na abordagem forte ao abordar bullying e consequência do álcool em jovens
Ricardo Daehn
Publicação:29/03/2019 06:00Atualização: 28/03/2019 14:02
!['Uma viagem inesperada': com altos e baixos, roteiro lembra capítulo de novela (Boulevard Filmes/Divulgação) 'Uma viagem inesperada': com altos e baixos, roteiro lembra capítulo de novela (Boulevard Filmes/Divulgação)](http://imgsapp.df.divirtasemais.com.br/app/noticia_133890394703/2019/03/29/161253/20190328135912505284i.jpg)
'Uma viagem inesperada': com altos e baixos, roteiro lembra capítulo de novela
O tema que delimita o interesse do mais recente filme assinado pelo portenho Juan José Jusid reside na atualidade: para além das causas, Uma viagem inesperada abriga as consequências do onipresente bullying no cotidiano das atividades escolares.
Ator de filmes como O segredo de seus olhos, o astro argentino Pablo Rago, na pele de Pablo, toma conhecimento da situação de sofrimento do filho, a conta-gotas. Muito absorvido pela profissão, como engenheiro ligado ao ramo da exploração petrolífera, Pablo é algo distante da ex, Ana (papel de Cecília Dopazo, de Não é você, sou eu), e mais ainda do filho, o jovem Andrés (interpretado por Tomás Wicz, da comédia 2 + 2).
Ainda que encerre uma coprodução entre Brasil e Argentina, Uma viagem inesperada tem pouco estilo nacional — descontados fatos como a limitada participação da brasileira Débora Nascimento (vista na novela Verão 90). Mesmo bem contada, a narrativa do filme traz momentos bastantes frívolos que aproximam o longa de tom de folhetim. Por sorte, o experimentado diretor se vale de abordagens fortes, quando trata de alcoolismo juvenil e de uso desmedido da internet.