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05/OUT/2024

Remake prematuro, 'Gloria Bell' tem Jualianne Moore no papel principal

Diretor chileno Sebastián Lelio gravou o longa original, Gloria, em 2013

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Ricardo Daehn Publicação:29/03/2019 06:01
 Julianne Moore, vencedora do Oscar por 'Para sempre Alice', dá nova roupagem para Gloria Bell, personagem-título do novo filme de Sebastián Lelio  ( FilmNation Entertainment/Divulgação)
Julianne Moore, vencedora do Oscar por 'Para sempre Alice', dá nova roupagem para Gloria Bell, personagem-título do novo filme de Sebastián Lelio

Ainda que prematura, a decisão do aclamado diretor chileno Sebastián Lelio de refazer a fita que o consagrou no Festival de Berlim (com a também talentosa atriz Paulina García) ao menos traz maior potencial de público, dada a presença da sempre deslumbrante Julianne Moore. Numa jornada, por vezes vazia e solitária, Gloria, a personagem dela, abraça a condição de autoestima instável.
 

 
Aulas de yoga, a relação de mãe (mal preenchida para ela, mas sob a sombra de sua mãe presente), além de sessões de depilação ocupam o dia a dia da vendedora de apólices. Mas é nas pistas de dança (e em momentos embalados por Paul McCartney, Laura Branigan, Air Suply e por canções como Alone again), que Gloria flerta e se liberta. Cortesia do mesmo diretor de longas como Uma mulher fantástica e Desobediência.

“Você é sempre assim feliz?” é a cantada, dita num balcão de bar, de Arnold (John Turturro), divorciado “finalmente”, como ele sublinha. Quebrando a corrente das brincadeiras de relacionamentos, Gloria parece disposta a se entregar, antes de virar a “velha enrugada” predita numa conversa com a mãe. Reluzente, Julianne Moore sabe dar a dimensão da incansável protagonista, capaz de, literalmente, se desnudar.
 
 
 
“Velho babaca” (entre outras expressões depreciativas que aplica), Arnold está disposto a duelar com Dustin (o ótimo Brad Garrett), ex de Gloria, e a aprender “a ser homem”, como suplicado pela nova parceira. Entre brincadeiras com alianças de casamento e jogos de paintball, Gloria não se arqueia na luta pela felicidade. No filme, é interessante atentar para a breve atuação de Barbara Sukowa (premiada em Cannes, por Rosa Luxemburgo), que, na pele da quase desempregada Melinda, dispara: “Vou trabalhar até os 80 anos!”. Infelizmente, uma piada dura, para os brasileiros.

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