Brasília-DF,
19/ABR/2024

Previsível, 'Superação - O milagre da fé' entra em cartaz nas telonas

O longa, de cunho religioso, mostra uma mãe que recorre a fé e à medicina para salvar o filho

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Ricardo Daehn Publicação:12/04/2019 06:01Atualização:11/04/2019 18:03

Desesperada, mãe recorre à fé e à medicina para salvar o filho
 (Fox Film do Brasil/Divulgação)
Desesperada, mãe recorre à fé e à medicina para salvar o filho

 

Há poucas cenas de ótima carga dramática em Superação - O milagre da fé, filme assinado pela diretora e atriz Roxxan Dawson. Numa delas, há encenação do momento que todo e qualquer espectador sabe em que desembocará - um menino, entre a teimosia e a falta de temor, se vê recoberto pela gélida água de um lago do Missouri (EUA), numa reprodução de caso verídico ocorrido há quatro anos.

 

Noutro acerto, a interpretação do mesmo rapaz, chamado John Smith, dá chance de brilho para o ator estreante em cinema Marcel Ruiz: particularmente, nos discursos em que o jovem John comenta da rejeição, situação superada diante da adoção feita pelo casal Joyce (Chrissy Metz) e Brian (Josh Lucas). Por dias, John esteve entre a vida e a morte.

 

Confira as sessões

 

Com a fé inflada, o público mais escolado supera as quase duas horas do alongado Superação. Uma avalanche desmedida de trilha sonora de teor religioso ajuda a testar a paciência. O melhor papel cabe ao pai, capaz de, comedido, clamar por "gentileza e educação" ante o comportamento da agitada "mamãe-urso" (como sublinha um dos personagens) Joyce, que perambula, com quê de descontrole, entre os corredores do hospital.

 

A dinâmica do filme nada acrescenta aos dramas genéricos que sempre habitaram sessões de Supercine. Há um conflito bastante potente entre a mãe problemática com o jovial pastor Jason (Topher Grace). Ela invoca o Espírito Santo, num dos momentos cruciais da fita em que os danos neurológicos são ameaça constante para o menino John. "Seu filho é um milagre", sacramenta um dos doutores.

 

No mais, o filme parece nunca terminar e abraça um sentimentalismo piegas, na sequência que reproduz programas de tevê com premissa religiosa ou mesmo aqueles de auditório. Ao final, tudo desemboca para gosto gritantemente duvidoso ou, no mínimo, bem previsível. 

 

 

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