'Tunga, o esquecimento das paixões' conta sobre a vida do artista pernambucano
Longa é assinado por Miguel de Almeida e traz relatos sobre a vida de Tunga, um dos raros contemporâneos a ser mostrado no Louvre
O temperamento instável, o interesse em desvendar o oculto e a produção — algo reconhecível, no caso de xifópagas capilares e no filme, junto com o relato de períodos de quietude (quando se viu obrigado a largar de estimulantes ilícitos) são elementos que formatam o documentário Tunga, o esquecimento das paixões, assinado por Miguel de Almeida.
A pretensão de desvendar Tunga passa longe do propósito da fita, mais voltada para um rememorar do artista pernambucano morto há três anos. Predicados para saudação não faltam: ele foi dos raros contemporâneos a ser mostrado no Louvre, bebeu da poesia do pai Gerardo Melo Mourão e fundia ciência à capacidade de expressão subjetiva, na cultura.
“Ele (Tunga) era uma peça de arte”, decifra um dos entrevistados para a composição do perfil de Tunga; “ele era a obra dele”, especula outro. Vendo o seu público e cada ser humano como “uma diversidade de pessoas juntas”, a ótica do artista parece prevalecer na absorção do conteúdo do longa. Haverá quem deteste, ou fique de fora do clima (montado sem muito didatismo). A narração de Marina Lima pouco contribui a contento.
Assista ao trailer de Tunga, o esquecimento das paixões