Brasília-DF,
18/ABR/2024

Jornada da vida, uma narrativa perfeita e irreal

Em um clima de nostalgia, paz, amor e caridade, o diretor do filme apresenta uma falsa simetria entre o negro europeu e o africano - quase como um pedido de perdão disfarçado

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Correio Braziliense Publicação:19/07/2019 06:06Atualização:18/07/2019 17:50
Em 'Jornada da vida', diretor apresenta a relação entre os negros africanos e europeus
 ( California Filmes/Divulgacao)
Em 'Jornada da vida', diretor apresenta a relação entre os negros africanos e europeus
Um homem francês, de descendencia senegalesa, resolve retornar à África para promover o livro que acabara de lançar. Com uma criação no padrão europeu de se viver, Seydou Tall chega até o continente africano e se depara com uma realidade diferente da imaginada. Nesta terra, algumas pessoas o idolatram, apesar de tratarem o autor como apenas mais uma pessoa no local.
 

O diretor traz uma falsa simetria ao alinhar o negro europeu com o negro africano, em um clima de nostalgia, paz, amor e caridade — quase como um pedido de perdão disfarçado. A tática funciona bem com o enredo do filme trazendo uma visão de simplicidade e humildade pelo olhar de Seydou, que não encara a África como um ambiente turístico e de lazer.

O garotinho Yao é ponto importante dentro da narrativa perfeita — e irreal — construída por Philippe Godeau em Jornada da vida, que acaba por deixar a produção literária em segundo plano — em prol de uma questão humanitária.
 

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