Brasília-DF,
17/MAR/2024

Mix de café e padaria, panificadora Dylan traz receitas totalmente naturais

O processo de fabricação é feito com fermentação a frio, com apenas farinha, água e sal. Em um processo que leva entre 16 e 18 horas

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Liana Sabo Publicação:17/10/2014 06:10Atualização:16/10/2014 14:19
Fabrício de Brito e Mariela Sztrum: panificação à moda australiana na Asa Sul (Minervino Junior/CB/D.A Press)
Fabrício de Brito e Mariela Sztrum: panificação à moda australiana na Asa Sul
Pão sem química

Houve um tempo em que o pão feito em Brasília tinha uma única característica: excesso de bromato. A ponto da ex-ministra da Fazenda Zélia Cardoso denunciar que encomendava em São Paulo o pão para o seu café da manhã. Ainda bem que as coisas mudaram. Padeiros estrangeiros, na maioria franceses, trouxeram receitas de como tornar o alimento mais importante da humanidade menos industrial.

Às boas casas do ramo veio se juntar mais uma, diferente de todas as outras. Mix de café e padaria, a Dylan ( Bloco A da 315 Sul) fabrica pães com fermentação a frio, totalmente natural seguindo um processo que leva entre 16 e 18 horas. "Nossa receita é muito simples: apenas farinha, água e sal", revela o brasiliense Fabrício Campos de Brito, de 34 anos, que abriu a loja em parceria com a mulher Mariela Sztrum.

Encontro além-mar


O casal se conheceu em Sidney, onde Fabrício trabalhava no Boteco, um bar que foi indicado para o prêmio do melhor em sua categoria, pela revista Time Out. Na festa de premiação, Fabrício foi apresentado à argentina Mariela, de família judia-polonesa, que, como o brasileiro, residia havia sete anos na cidade australiana. Apesar de bióloga por formação, Mariela trabalhou como educadora em um museu.

O casamento foi celebrado em Buenos Aires, de onde o casal veio para Brasília com o objetivo de viver perto dos pais de Fabrício, que moram na 315 Sul.

Tudo à vista

No estilo de café australiano, o Dylan reproduz o cardápio no quadro negro escrito a giz pelo próprio Fabrício e expõe os pães em nichos. Nele você escolhe os produtos tipo sourdough (significa massa azeda), que podem ser a ciabatta, o pão de azeitona e alecrim, o de passas e nozes, o pão integral de 500g (R$ 12), pão de farinha branca e pão de linhaça e quinoa orgânica (500g por R$ 14).

De inspiração francesa, há apenas o brioche a R$ 8, a unidade, porque a pegada dos fornos é mesmo americana, daí a bagel a R$ 4 e o chalá, por R$ 10, que só tem às sextas-feiras. Tradicional na culinária judaica, o chalá é um pão doce feito com açúcar, manteiga e leite, muito consumido no shabat e outras festas, menos a de pessach.

Outra atração é uma granola caseira marinada no suco de laranja e feita com aveia, maçã ralada, mirtilo, iogurte natural, hortelã e morango por R$ 7,90 Há ainda tartelete de limão siciliano (R$ 7,90) de ganache, com chocolate belga( R$ 8,90) e bolos, além de saladas (hoje vigora a de cuscuz marroquino por R$ 16).

Levar pra casa

Até os grãos são preparados na casa. Fabrício compra, a granel, cevada, arroz, centeio, kamut e zatar (de origem árabe) e coentro e torra cada um separadamente em tempos diferentes. Acrescentados às farinhas, eles dão um sabor todo especial aos pães.

"Todos os itens do cardápio podem ser levados para casa", diz Mariela, que serve café da manhã no estilo australiano com ovos mexidos, tomate assado, torradas de pão, bacon e rúcula por R$ 18.

É ela quem explica a escolha do nome por duas razões: "Além de homenagear o cantor e compositor americano, a ambientação ainda evoca uma proposta retrô que o seu nome traz". Funciona de segunda a sexta, das 9h às 20h, e sábado, das 8h às 20h. Telefone: 3363-1294.

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