Risoto de frutos do mar do Cinque Terre: toque de gergelim e gengibre diferencia o preparo de Milton Aguilar

A cozinha italiana disputa a preferência do público brasiliense. São muitas as opções de restaurantes dedicados às receitas do país da bota e, recentemente, mais uma casa entrou na concorrência. É o Cinque Terre, aberto há quatro meses na 405 Sul. Milton Aguilar não teve receio ao escolher a movimentada quadra, conhecida como Rua dos Restaurantes, para abrir o segundo projeto — o outro fica no Setor de Autarquias Sul. “É um duelo de titãs”, brinca.

O diferencial do chef nascido em El Salvador é a autenticidade nos preparos. Criado em Roma, Aguilar conhece de perto a gastronomia italiana. Há três anos no Brasil, mantém a legitimidade na cozinha. Nos risotos, o chef dá um toque especial de gengibre, algo pouco comum em Brasília, “para facilitar a digestão”. Um dos mais pedidos responde pelo nome de mediterrâneo (R$ 45, com entrada e sobremesa).

É elaborado com arroz-arbóreo, que, assim como o carnaroli, tem a quantidade de amido necessária para deixar o preparo cremoso. Leva também camarões, lula, mexilhões e lagostim. A apresentação é um charme à parte: o risoto é servido sobre massa crocante de farinha que também leva um pouquinho de gengibre. Além disso, o prato vem recoberto pelo refrescante molho pesto, com manjericão, azeite e nozes.

“Coloco também gergelim branco para deixá-lo crocante”, complementa o chef, que recomenda harmoniação com pinot noir Benaco Bresciano, da Borgo La Caccia (R$ 89), por sua suavidade que não compete com os frutos do mar.