Pastel de abóbora faz parte da culinária nordestina
Trata-se do pastel assado de abóbora e carne seca (R$ 5,50), fornecido pela Salgadart para o Cafezinho, na Asa Norte
Para aproveitar o clima de halloween, o Divirta-se Mais sugere gostosuras feitas com o legume que é a cara da festa
Símbolo mais conhecido das celebrações de Halloween — por aqui, também chamado de Dia das Bruxas —, a abóbora é tema central de receitas selecionadas pelo Divirta-se Mais. Dá tempo de se programar e conhecer alternativas para comemorar a festa, que acontece amanhã, degustando quitutes elaborados com o legume de cor laranja.
Tradição que nasceu na Europa bem antes de Cristo, o Dia das Bruxas tinha como função inicial a celebração do fim da colheita e do início do inverno em países como a Grã-Bretanha e a França, uma herança dos povos celtas que por lá viveram. Existe também a crença de que em 31 de outubro era possível entrar em contato com o mundo dos mortos.
Passados os anos, historiadores contam que a festa atual em pouco se parece com os festejos originais. No Brasil, com a globalização, o costume veio em formato americanizado — com direito a caça às bruxas, ao hábito de pedir doces ou travessuras e às festas à fantasia.
Chefs da cidade se apropriam dessa cultura, mas utilizam a abóbora à sua maneira. No Fulô do Sertão, por exemplo, ela vai para a panela para uma versão de escondidinho, prato típico do Nordeste normalmente feito com mandioca. “Por seu sabor naturalmente adocicado, associo a abóbora ao leite de coco”, conta a baiana Ivone Ferreira Sena, proprietária do restaurante.
No Don Durica, a abóbora vira o tradicional doce de compota acrescido de coco, que lembra casa de vó. É uma daquelas receitas que levam o comensal a uma atmosfera de cidades do interior do país. Uma prova de que, de norte a sul do Brasil, o legume tem mais utilidade que uma mera função decorativa.
Que tal degustar um pastelzinho de abóbora?
No Cafezinho, quem impera no cardápio é a bebida de cor escura, a segunda mais lembrada pelo brasileiro — atrás apenas da água. No entanto, ao menu com enfoque no café, incorporam-se outras opções de quitutes para acompanhá-lo.
Um deles tem sotaque nordestino, mas DNA brasiliense. Trata-se do pastel assado de abóbora e carne seca (R$ 5,50), fornecido pela Salgadart, empresa criada no DF e especializada em salgados 100% integrais.
Para acompanhar, os proprietários, Valéria Charbel e Edson Assis, propõem o café crema, uma mistura de espresso, pasta de avelã, sorvete de creme e calda de chocolate recobertos por chantilly, a R$ 12,50. Ou a refrescante bebida mista de espresso, leite e gelo por R$ 7, ou R$ 8,50 com leite sem lactose. Ambos são feitos com grãos do sul de Minas, estado onde nasceram os sócios do Cafezinho.
O salgado integral e a existência de produtos livres da proteína do leite foram sugestão de Valéria, atenta à diversificação do público que frequenta o local.
O marido, Edson, celebra a expansão do conhecimento dos clientes quando o assunto é café. “O brasileiro está começando a descobrir a variedade da bebida”, comemora.