Petiscos e drinks são opções para os dias mais longos do horário de verão
Refeições ao ar livre, happy hours e até casas de chá oferecem pratos leves para aproveitar a horinha de sol a mais
Renata Rios
Rebeca Oliveira
Publicação:21/10/2016 06:30Atualização: 20/10/2016 16:53
No Nau, a lagosta é temperada com um segredo da casa
O horário de verão entrou em campo no último domingo. Os dias mais longos convidam a refeições ao ar livre, ao happy hour, a um piquenique no parque e a mesas tradicionais.
Se você for do tipo que ama a mudança no relógio, as próximas páginas serão um deleite. Se você joga no time que odeia, tente convencer-se do contrário. É uma boa razão para conhecer o happy hour do Trow Parrilla & Beer, nova casa da chef Fabiana Pinheiro, que comandava as caçarolas no extinto Versão Tupiniquim.
“O casamento de chopes artesanais e espetinhos assados na churrasqueira de inspiração argentina têm agradado a freguesia”, conta.
Apreciar o enlace perfeito na varanda, ao som de música ao vivo e diante da imensidão do poente brasiliense é dos programas que revigoram a alma.
É tão relaxante quanto tomar um chá da tarde aos moldes ingleses no Vincent Casa de Chás ou fazer uma refeição ao ar livre na Praça do Cruzeiro. Hoje, diversos food trucks se encontram por lá. Vamos pra rua?
Para aproveitar a vista
O nau frutos do mar fica em um ponto privilegiado da capital, ao lado da Ponte JK, podendo ser aproveitado tanto durante o dia, com a bela vista do Lago, quanto pela noite, graças à iluminação da ponte. O endereço é amplamente procurado durante a semana. Já no fim de semana, a clientela aparece em peso pela tarde, para aproveitar o tempo livre comendo petiscos ou no almoço.
Para quem vai apostar no almoço, a sugestão é a tábua de lagosta (R$ 219). “Esse é um prato para dois preparado com temperos suaves, para prevalecer o sabor da lagosta”, detalha o gestor de unidades da casa, Luiz Menezes. Para quem se interessou, o prato é montado por lagosta dourada na chapa com azeite, pimentões coloridos, tomate-cereja, champignons e brócolis. Para acompanhar, batatas com creme de alho e arroz com brócolis.
Os que preferirem petiscar podem escolher trio marítimo (R$ 44), empanados de aneis de lula, iscas de peixe e camarões com gergelim. Outra pedida é o quintetinho (R$ 41), com salada de caponata, salmão, camarão e mix de queijo.
Os petiscos e o clima de praia são atrativos do Ilê Restaurante
Para aproveitar menus especiais
De terça a sábado, o cardápio de boteco do Ilê Restaurante é um belo chamariz para os interessados em petiscos e um clima de praia. Localizado no Parque da Cidade, o espaço aberto e bem ventilado remete ao litoral, deixando o horário de verão com um gostinho especial.
Para quem se interessou, das 17h às 21h, de terça a sábado, os clientes podem experimentar a sardinha empanada com panko, guarnecida de molho tártaro (R$ 25). “Nesse caso, a sardinha fica mais consistente. O panko (farinha japonesa) forma uma casquinha que adere à sardinha”, explica Eleonora Bonorino, sócia da casa.
Outra alternativa é o camarão com gergelim (R$ 34), também empanado na panko, e acom
panhado de geleia de morango. “Esse é um prato que brinca com o agridoce. A geleia vem à parte e o cliente escolhe o quanto colocar”, explica.
Durante a semana, tem ainda mais um cardápio para quem pretende aproveitar o fim de tarde. De terça a sexta, das 17h às 21h, os clientes podem escolher um dos petiscos do cardápio do happy hour — todos por R$ 15. Entre as opções aparecem bolinho de peixe, minipasteis de carne, frango ou queijo e costelinha de tambaqui empanada no panko com molho tártaro. “Vale ressaltar ainda que, nesse horário, as cervejas — Skol, Antártica, Budweiser e Original — saem por R$ 10”, anuncia.
Elisa Marin e a mãe, a francesa Laurence Mourot, comandam a La Panière: pão feito com amor
É tempo de piquenique!
O pôr-do-sol, agora, tem seu auge às 19h. O fato permite, mesmo em dias úteis, um bom e farto piquenique para apreciá-lo. Com a febre das padarias artesanais na cidade, é fácil encontrar endereços que tem como ponto forte massas bem elaboradas e receitas feitas com apreço, livres de aditivos químicos e conservantes.
Dois eixos diferem a La Panière. O primeiro é o próprio produto. “Não fazemos só o pão de modo artesanal. Toda a nossa confeitaria também é”, explica Elisa Marin, que comanda a casa com a mãe, a francesa Laurence Mourot.
De lá saem delícias para comer no local ou levar, como a baguete (R$ 5,20) e o pão francês (R$ 15,90, o quilo). Versátil, o pão de campagne, de massa semi-integral, casa bem com complementos salgados e doces e surge na versão natural (R$ 9,40), castanha-do-brasil (R$ 10,50) ou azeitonas (R$ 10,50).
Como sobremesa, boa alternativa recai sobre as famosas tarteletes, feitas de forma caseira com frutas orgânicas, como a de morango (R$ 8,90). Guardando a coerência de só trabalhar com ingredientes naturais, a dupla não vende refrigerantes. Vale substituí-los pela soda italiana de maçã verde (R$ 7,90).
Prosa boa
Além dos ingredientes autênticos, outro pilar da La Panière é o bom atendimento. “Sempre falo que a gente não vende pão, mas bem-estar”, emenda Elisa Marin. A boa receptividade atrai fregueses de todo o país. “Já vendemos produtos para pessoas do Sul ao Nordeste que comunicaram: vamos fazer um piquenique em nossos estados”, orgulha-se.
Bruno Boaventura viajou o mundo e põe em prática as experiências que acumulou no truck El Gordo Loco
Quero ver o pôr-do-sol!
Um dos pontos mais altos de Brasília, a Praça do Cruzeiro virou local de encontro de food trucks. A área tem um fim de tarde de tirar o fôlego. Por lá, chefs como Bruno Boaventura aliam trabalho a uma das vistas mais bonitas da capital.
Para driblar a concorrência que estaciona ao lado, ele investe em hambúrgueres de carnes especiais. O mais vendido é o El Gordo Loco, hambúrguer de angus, bacon e cheddar (R$ 22, com fritas); seguido do Vulcano, de pernil suíno, cheddar, chilli com carne e guacamole (R$ 22).
Na terceira posição, uma refeição que vale como jantar: steak de 200g de contrafilé ao alho com muçarela, mandioca e barbecue (R$ 25).
Boaventura comenta que dispensa o blend de duas carnes como faz a maior parte das hamburguerias locais. “Para dar gordura, uso fraldinha e ponta do peito. Já o de pernil suíno é feito totalmente da carne, não uso gordura alguma”, garante o chef.
A Praça do Cruzeiro está entre os locais preferidos de Bruno, tanto como morador da cidade quanto como empresário: “O fim de tarde lá é lindo. A localização é ainda mais privilegiada, são muitas vagas de estacionamento, pelo menos 100 carros podem parar por ali.”
Hoje, o El Gordo Loco estaciona por lá. Domingo, participa de um evento na altura 214 Sul, o Música na árvore.
Os doces e salgados do chá vem servidos em um standcake no Vincent Casa de Chá
Tomar um chá no fim do dia
Um belo e farto chá da tarde é uma maneira deliciosa de aproveitar a hora extra de claridade. É exatamente isso que o Vincent Casa de Chá proporciona para os clientes. Além da comilança, os comensais podem se deliciar com as árvores e a paisagem da superquadra, para onde o local é virado.
“Nossa loja é virada para dentro da residencial, fica uma paisagem mais tranquila, é uma ótima vista para tomar um chá e relaxar”, afirma Kleber Sampaio, proprietário do local.
Para quem se interessou, o chá da tarde pode vir em dois tamanhos: individual, com valores a partir de R$ 32,45; ou para duas pessoas, a partir de R$ 57,90.
“O nosso chá completo vem com o standcake, nele o cliente encontra uma variedade de doces e salgados, como minicroissant, cupcake, pão de queijo, petit four e scone”, descreve Kleber.
No rol de bebidas, a sugestão é apostar em um dos chás da casa, que acompanha o pedido, como a infusão rosé — rodelas de laranja, pedaços de tangerina, pedaços de maçã, capim-limão, flocos de cenoura, folhas de eucalipto e pétalas de hibisco, que pode ser pedida quente ou gelada.
Para quem não quer algo tão elaborado, a cesta de pães (R$ 36,20), todos artesanais e feitos na casa é uma opção saborosa de lanche.
“Temos minipães de azeitona, ervas, tomate seco, parmesão, calabresa e outros’, emenda. Para acompanhar, o cliente conta com três opções: manteiga, húmus e caponata, além do queijo muçarela.
Você sabia?
Scone
O scone é um tradicional bolo inglês com massa branca neutra levemente adocicada. Para acompanhá-lo, a casa aposta no creme azedo, uma combinação clássica.
A mistura do doce com o defumado é a aposta do chef no Fortunello Ristorante
Para bons drinques na varanda
Quem avista a fachada rubra do Fortunello Ristorante não imagina o espaço que a casa reserva a seus clientes nos fundos, com direito a um extenso gramado.
“Montamos um ambiente informal, com almofadas, brinquedos para as crianças. É um espaço aconchegante, como se fosse um jardim da casa”, descreve o chef Miguel Ojeda.
Ele sugere que os clientes desfrutem dos drinques, caso do tinto de verano (R$ 15, o copo e R$ 23, a jarra).Trata-se de vinho tinto Fortunello, limão siciliano e Schweppes Citrus. “É uma bebida muito refrescante, além de ter um teor alcoólico baixo, o que é ótimo, pois você pode bebê-la durante toda uma tarde”, sugere.
Já para comer, a pedida é o Smoked burguer (R$ 25), feito de patinho, com temperos estilo argentino no pão artesanal.
“Esse hambúrguer contrasta bem sabores adocicados com o defumado”, explica o chef.
Marca do happy hour do Trow Parrilla & Beer é a informalidade
Viva o happy hour!
O happy hour é uma instituição mundial que tem por marca as comemorações pós-expediente. Com o horário de verão em vigor, a tal hora feliz ganha um motivo a mais para ser celebrada: a presença da luz solar.
No Trow Parrilla & Beer, gasbar, restaurante e empório no Lago Norte, a varanda ganhou mais frequentadores, ávidos pela informalidade que marca a casa.
Inaugurado há três meses, o Trow é mais que um boteco. Até mesmo os espetinhos, que em geral são associados a carnes de menor qualidade, são feitos com cortes nobres.
O item é servido de terça a sexta, das 17h30 às 20h30. Os sabores são diversos e vêm acompanhados de farofa e vinagrete. Tem coração de frango e frango grelhado (R$ 8), alcatra, contrafilé, queijo coalho e linguiça suína (R$ 10), frango com bacon (R$ 12), e picanha e copalombo (R$ 15).
“Quando falamos em ser chef de cozinha ou em restaurante gourmet, não se trata de uma elaboração, mas de qualidade. Só trabalhamos com matéria-prima orgânica, inclusive nossa carne é proveniente de gado Hereford. É um animal de pasto, não come ração”, comenta Fabiana Pinheiro, chef executiva, conhecida pelo trabalho no extinto Versão Tupiniquim.
Tim-tim
Para bebericar, o chope artesanal da casa nos estilos pale ale e lager (R$ 17, 350ml) surge como itens essenciais. “Eles são mais caros porque são mais encorpados”, conta Fabiana. Como alternativa, ela aponta a mesma bebida, só que fabricada pela cervejaria Baden Baden no estilo pilsen (R$ 9, 350ml).
A cerveja não pasteurizada divide as atenções com os clássicos caipirinha (R$ 16), aperol spritz (R$ 23) e dry martini (R$ 19). De quarta a sábado, há música ao vivo e ao ar livre. Rock’n’roll, jazz e blues embalam a noite. Dá até para levar os rebentos, pois a casa conta com brinquedoteca.
O fish %u2018n%u2019 chips é um dos pratos característicos de Londres
Uma tarde num pub inglês
Um pedacinho de Londres em plena Asa Norte. É assim a experiência de quem visita o London Street Pub. Na parte interna, um pequeno balcão remete aos pubs da cidade europeia.
Para comer, a sugestão é o tradicionalíssimo fish ‘n’ chips (R$ 37). O preparo, típico da cidade chegou a ser servido nas ruas londrinas em jornais.
“Aqui servimos o peixe e a batata no prato”, brinca a proprietária da casa, Fernanda Mesquita. “Usamos filé de merlusa e, para acompanhar, a maionese da casa, receita que leva ervas finas”, detalha.
Para harmonizar, é claro, as brejas. Fernanda sugere a Schonstein, de trigo ou a pilsen (R$ 14, 330ml). Vale também aproveitar o entardecer às quintas-feiras na casa. São as quintas inglesas. Nesses dias, a casa disponibiliza dois chopes londrinos — Fullers ou Old Speckled Hen — para seus clientes por valores entre R$ 25 e R$ 36.
Ainda para quem avaliar a casa no Trip Advisor ou no Facebook durante o fim de semana, a proprietária promete um brinde surpresa.
Onde comer
El Gordo Loco
(98354-9360 ou pelo Facebook.com/elgordoloco.bsb), aberto de terça a domingo, das 18h às 23h.
Fortunello Ristorante
(206 Sul, Bl. A, lj. 6; 3297-3232), aberto de terça a sexta, das 12h às 15h e das 18h à 0h.
Ilê restaurante
(Parque Da Cidade Estacionamento 9; 3443-8099), aberto de 12h às 0h, de segunda a quinta, sexta 12h às 1h; sábado 12h à 0h; domingo 12h às 17h.
La Panière
(211 Sul, Bl. A, lj. 35; 3245-6280), aberto de terça a sábado, das 7h às 20h, e domingo, das 8h às 14h.
London Street Pub
(214 Norte, Bl. D, lj. 23; 3797-6888), aberto segunda, das 17h à 0h; quarta a sábado, das 17h à 0h; e domingo,
das 17h à 21h.
Nau Frutos do Mar
(SCES Tr. 2, lt 26; 3252-0155), aberto segunda, das 12h às 15h30, e das 18h30 às 22; terça a quinta, das 12h às 15h30, e das 18h30 às 23h; sexta, das 12h às 15h30, e das 18h30 à 0h; sábado, das 12h à 0h; e domingo, das 12h às 22h.
Trow Parrilla e Bar
(CA 7, Lago Norte, ao lado do Shopping Iguatemi; 3542-3772), aberto de terça a sábado, das 12h à 0h; e domingo,
das 12h às 17h.
Vincent Casa de Chá
(409 Norte, Bl. A, lj. 39; 3201-1214), aberto de segunda a sábado, das 16h às 22h.