Conheça as hamburguerias que ganharam destaque na gastronomia local
Elas se destacam em um cenário cada vez mais competitivo
Rebeca Oliveira
Renata Rios
Publicação:10/02/2017 06:00Atualização: 09/02/2017 18:28
Burger, teatro & rock’n’roll
Coma se puder: hambúrguer Tesouro triplo tem quase 600g de carne
Pão, disco de carne e molho. Uma vez reunidos, esses três elementos aparentemente simples fazem a cabeça de muitos glutões. E não só nos Estados Unidos, onde os itens se casaram pela primeira vez. O hambúrguer é a bola da vez da gastronomia.
Se você ainda é do tipo que acredita que a receita é item de adolescente, de gente sem paladar crítico, de fast-food sem preocupação gastronômica ou qualquer outro preconceito relacionado a essa combinação, reveja conceitos. O Divirta-se Mais apresenta hamburguerias e restaurantes da cidade que têm feito uma revolução em busca da atenção do cliente.
Na vasta gama de hamburguerias que abriram as portas na cidade, algumas regras são lei. A primeira delas é a escolha de carnes nobres para o blend do hambúrguer. Instalado em um contêiner, o que por si já soa diferente, o Páprica Burger investe em cortes black angus, mais caros e saborosos.
Muitos usam a gordura da carne, deixando-a mais leve. “Meu blend tem um pouco de cupim, incorporando umidade e suculência, até coxão mole, que dá a consistência ideal”, conta Rafael Lago, da Zepelim.
Imbatível, a maionese aparece em quase todas as receitas, de maneira mais pura e ou com bacon, como no Secreto Hamburgueria Artesanal.
Em dose tripla
Tesouro triplo: Esse é o nome do maior hambúrguer do Secreto Hamburgueria Artesanal. Eles têm funcionado apenas em sistema de delivery até que a reforma da loja, situada em Águas Claras, termine e novos itens cheguem ao reformulado menu, previsto para 1º de março.
Uma imensidão de carne e bacon, o sanduíche vem com 540g de carne (três hambúrgueres com 180g cada, num misto de fraldinha e paleta), pão artesanal com mix da massa de brioche e de pão doce, alface-americana, tomate meio verde, cebola roxa no shoyu, queijo prato e cheddar, além de seis fatias de bacon do tipo premium.
“Compro o bacon de um fornecedor do Rio Grande do Sul. O comum é feito da barriga suína. Tem uma camada de carne e uma de gordura. Para nos diferenciarmos, usamos o bacon de pernil, que não tem gordura nenhuma. Ao menos aparente, embora possua gordura entremeada”, conta Ian Iwata, dono da receita.
Ao final, um molho à base de maionese caseira e bacon dá a umidade necessária. O sanduíche custa R$ 46,99,com batata frita ou anéis cebola empanada.
“O que explica essa febre das hamburguerias é, primeiramente, o faturamento. São poucos os que enjoam de carne. Com essa quantidade de hamburguerias, apenas as melhores vão ficar. Tanto é que um vizinho de loja abriu, com qualidade inferior à do Secreto, e já fechou”, comenta Iwata.
O free refil é uma opção descontraída no Hum! Burger
Bebidas à vontade
Os sócios do Hum! burguer, ao pensar na loja, quiseram implantar um conceito de fast casual. “É para nosso cliente se sentir em casa, por isso colocamos madeira na decoração, assim como os gradis, que lembram aqueles da casa de avó, e o cimento queimado. O ambiente é pensado na sensação de estar em casa, assim como o cardápio”, explica o sócio Vitor Odísio. Ele ainda complementa: “O free refil é isso — a pessoa se serve à vontade, como se estivesse em casa”.
A grande estrela do cardápio é o Humburguer! (R$ 28, só o sanduíche, R$ 39, com batata chips e free refil, R$ 42, com batata canoa e free refil). “É um cheeseburguer com salada, simples, mas para ficar bom temos que trabalhar com ingredientes de qualidade”, afirma Vitor.
Outra pedida é o black burguer (R$ 32, só o sanduíche, R$ 43, com batata chips e free refil, R$ 46, com batata canoa e free refil). Para começar, vem o pão australiano, levemente adocicado devido ao mel na receita. O recheio é feito com um blend de três cortes, bacon crispy, cebola supercrocante e maionese secreta.
“O grande comedor de hambúrguer gosta do cheeseburguer simples e sem muitos ingredientes”, Vitor Odísio, sócio do Hum! Burguer.
Rótulo próprio de cerveja artesanal foi estratégia adotada pela hamburgueria Burgster
Uma breja só minha
A hamburgueria Burgster começou móvel e, há seis meses, passou para um ponto fixo no Guará 2. O truck onde trabalhavam foi roubado. Em vez de lamentar, o sócio Rafael Bessa resolveu dar a volta por cima.
E que volta! Além de fazer sanduíches com hambúrgueres de 180g com diferentes blends — o mais vendido é o cheddar, em pão australiano com mel e completado com queijo, bacon em fatias, cebola caramelizada e maionese caseira, a R$ 22 —, Rafael criou uma cerveja artesanal.
A Burgster Beer é feita por uma cervejaria local. A IPA dacasa é a que mais combina com o quitute, escoltado por batata rústica temperada com páprica e alecrim.
Cada garrafa com 600ml sai por R$ 20. “Ela segue a escola inglesa, é lupulada e amarga. No paladar, tem notas de tangerina e gengibre”, pontua.
Lucas Arteaga e Bruna Prieto, do Páprica Burger, trouxeram formato de hamburgueria em contêiner à capital
Formato incomum num posto de gasolina
Mal abriu e o Páprica Burger já faz um tremendo sucesso. Em parte, graças à localização, num bem decorado contêiner, vizinho de um posto de gasolina.
“Sempre quisemos que o cliente tivesse mais que uma experiência gastronômica, que se sentisse bem no ambiente, com estilo nova-iorquino”, conta Bruna Prieto, que comanda o negócio ao lado do sócio, Lucas Arteaga.
Com projeto assinado pelo escritório de arquitetura Studio Valéria Gontijo, o Páprica Burger preza pelo equilíbrio entre a gramatura da carne e os demais ingredientes.
“Se você tiver um hambúrguer grande demais, a parte da carne que não entra em contato com o fogo é muito grande. Cerca de 160g é o tamanho ideal para pegar sabor e dourar no char-broiler”, explica Lucas Arteaga.
Dentro dessa premissa se encaixa uma promissora novidade do cardápio, o english burger (R$ 26), hambúrguer de black angus no pão brioche artesanal com queijo cheddar inglês e molho relish de cebola. O novato ficará cerca de três meses no menu.
O preço muda se os sanduíches forem pedidos em combos com snacks, a decidir entre batata palito com ervas ou chips de mix de batata asterix, mandioca, batata-baroa, beterraba, batata-doce e cenoura temperado com sal, páprica e outros “segredinhos”. Na companhia de snack e refrigerante em lata, o english burger custa R$ 39.
O tal do char-broiler
O equipamento com calhas que escorrem a gordura empresta às carnes um sabor defumado, característica de uma churrasqueira, mas sem a mesma quantidade de fumaça.
Astros do rock são homenageados em hamburgueria de Taguatinga
Rock secreto
Recém-aberta, a Rock Burger apostou em uma maneira inusitada de promover hambúrgueres. “Temos um cardápio básico já à disposição, mas toda sexta liberamos um novo preparo, mais artesanal e diferenciado”, explica Matheus Oliveira. O novo preparo faz homenagem a grandes artistas do rock.
Nesta semana é a vez de Elvis Presley (R$ 28, só o sanduíche, R$ 38, o power trio, com uma guarnição e uma bebida não alcóolica), hambúrguer de picanha com muçarela de búfala, alface-americana, maionese caseira, pão artesanal e bacon. “Nós estamos tentando manter um preço bem acessível para que as pessoas venham e conheçam a qualidade dos nossos produtos”, explica Matheus.
Outra pedida é o Led Zeppelin (R$ 25, o sanduíche, R$ 35, o power trio) — pão artesanal integral com gergelim, carne de 300g recheada com creme de cheddar e bacon, alface-americana, tomate e cebola grelhados, fatias de bacon e de cheddar, molho especial e maionese artesanal.
Matheus afirma que a qualidade é fundamental: “Fazemos tudo aqui na própria casa, usamos um blend exclusivo. Fazemos também o pão e a maionese. Isso garante produto sem conservantes”.
Hambúrguer com atrações culturais e balança bem equilibrada no Zepelim
Burger, teatro & rock’n’roll
Fugindo do modelo mais tradicional, a Zepelim vê na programação musical um elemento tão importante quanto os ingredientes dos hambúrgueres. É, de certa forma, um misto de hamburgueria e espaço cultural.
“Abrimos os palcos para a produção teatral e musical que tenha personalidade”, diz o proprietário, Rafael Lago. “Os shows começam cedo. Foi a forma que encontrei de ter bom relacionamento com a comunidade”, explica.
Na parte gastronômica, faz sucesso o clássico cheeseburger (R$ 18), com blend de cupim e coxão mole, queijo muçarela, tomate, alface e maionese temperada com mostarda em grão, pepino em conserva e ketchup.
Cobrado à parte (R$ 10), o chips de batata-inglesa é frito e depois assado com alho, cheiro-verde, limão, pimenta caiena e bacon moído.
Também tem boa saída o sanduíche de frango empanado colocado em pão exclusivo à base de batata, por R$ 20.
Confira a programação do Zepelim!
Terça: Apresentação de teatro
Quarta: Música experimental com petiscos experimentais
Quinta: Shows de blues
Sexta: Cantores e grupos de jazz
Sábado: Bandas de rock
Para quem prefere petiscar, os mini hambúrgueres são uma boa pedida
Tamanho de happy hour
O bulls Hamburgueria já é conhecido dos moradores do Gama, que batem ponto no local para desfrutar dos hambúrgueres servidos na casa. São diversas as alternativas que o cardápio traz para o cliente, que vão desde sanduíches em miniatura até hambúrgueres de proporções respeitáveis.
Para quem se interessou pelos hambúrgueres em versão reduzida, eles vem à mesa com o nome de sexto elemento — três sanduíches com pão tradicional, carne queijo muçarela e molho da casa; três com pão australiano, carne, bacon, cheddar e molho da casa. São uma ótima alternativa para o happy hour e, neste horário, saem por R$ 29,99.
“O happy hour é de segunda a sexta, das 17h às 20h”, informa o proprietário do local, Francisco Dias dos Santos. Segundo Júnior, como Francisco prefere ser chamado, o horário atrai muita gente e nem todo mundo quer comer um hambúrguer inteiro quando está bebendo. Vem daí a versão reduzida.
Já entre os hambúrgueres “normais” da casa, os clientes deverão contar com novidades. Recentemente Júnior contratou um chef para assumir a cozinha, o que promete elevar ainda mais a qualidade dos produtos. Para quem deseja provar, a sugestão é o italian (R$ 24,99), feito com pão de brioche, hambúrguer de 160g, queijo muçarela, molhos de tomate e pesto.
No Houston, uma das alternativas de montagem é o hambúrguer na alface
Com ou sem carboidrato
Quer comer hambúrguer, mas a nutricionista não libera? Prepare-se para ganhar um excelente argumento. Uma vez por semana, o Universal Diner serve uma receita sem glúten e carboidrato.
O quitute é feito com os mesmos ingredientes do hambúrguer pop (com pão artesanal, hambúrguer de 150g de ancho, maionese caseira de limão siciliano, cebola roxa caramelada e cheddar, por R$ 25). Porém, no lugar do pão, há uma curiosa omelete de claras com abobrinha. Nesse formato, a receita sai por R$ 30.
“Elaboro a omelete apenas com as claras de ovo caipira com ajuda de um aro de metal, para ficar redondinho como um pão. Inclusive, até o chamamos de fit, porque não tem glúten nem carboidrato”, explica a chef Mara Alcamim.
“É um evento, mas não vejo isso como algo nacional. Já trabalhei em Nova York e lá se come hambúrguer no almoço e jantar. Eu não consigo. Você pode substituir uma vez por semana por uma refeição. Por isso acho que quanto mais saudável fizermos, melhor”, comenta Mara.
Montado do seu jeito
Para quem não pode comer pão, seja por alguma restrição alimentar, seja por dieta, o hambúrguer figura facilmente entre os alimentos proibidos. Mas no Houston Original Burger, o ingrediente pode ser substituído de uma maneira inusitada por alface. No lugar de carne, queijo, salada e molho virem entre as metades de um pão, eles aparecem envoltos em alface. “Nossos hambúrgueres são de carne pura. No caso da carne vermelha, eles têm um pouco da gordura da própria carne. Já o frango é feito apenas do peito da ave”, garante o gerente, Rodrigo Silva Rocha.
Entre as alternativas de hambúrgueres, o cliente encontra quatro variedades: o de carne bovina (a partir de R$ 19,90), frango (a partir de R$ 24,90), peru (a partir de R$ 25,90) e o vegetariano (a partir de R$ 23,60) — feito com soja 100% orgânica e ervas. “Aqui o cliente monta o hambúrguer de acordo com o gosto dele. Ele tem saladas, como alface, tomate, rúcula, cebola roxa, molhos e queijos — muçarela, provolone e cheddar”, explica Rodrigo.
O cliente ainda pode escolher entre os pães normal ou integral, ou ainda a ousada alface. “Ainda contamos com alguns adicionais extras, como o ovo frito ou o bacon flambado em Jack Daniel’s”. Outro destaque vai para o tamanho do hambúrguer. “O menor tem 90g, o vegetariano, 150g. O maior é o de carne bovina, com quatro hambúrgueres de 180g”, revela.
ONDE COMER
Bulls Hamburgueria
(Cine Itapoã, Área especial 1, Lj 1, Setor Leste do Gama; 3710-4567), aberto de segunda a sexta, das 17h à 0h; sábado e domingo, das 17h à 0h.
Burgster Hamburgueria
(QE 32, Bl. A, lj. 14, Guará 2; 3967-1100), aberto diariamente, das 18h às 23h.
Houston Original Burger
(412 Norte, Bl. C, Ljs. 56/62; 3257-5004), aberto de segunda a sábado, das 17h30 às 23h30.
Páprica Burger
(204 Norte, dentro do Posto Ipiranga, entrada pelo Eixo L), aberto de terça a domingo, das 17h às 23h; sexta e sábado, das 17h à 0h30.
Rock Burger
(QND 16, Lt 2, próximo à Praça do Bicalho, Taguatinga Norte; 98199-4447) aberto de terça a domingo, das 18h às 23h.
Secreto Hamburgueria Artesanal
(Delivery pelo telefone 3263-5383), aberto de terça a domingo, das 12h à 0h. Taxa de R$ 6 para Águas Claras, R$ 8 para Taguatinga e R$ 10 para Vicente Pires.
Universal Diner
(210 Sul, Bl. C, Lj. 18; 3443-2089), aberto de segunda a quinta, das 12h às 15h, e das 19h à 0h; sexta, das 12h às 15h, e das 19h à 1h; e sábado, das 12h às 16h, e das 19h à 1h. Hambúrgueres somente quinta-feira, das 18h30 à 0h.
Zepelim
(QE 40, Rua 11, Lt. 7, Guará 2; 3208-6623), aberto de terça a sexta e domingo, das 18h à 0h; e sábado, das 17h à 0h.