Não dê chance para o azar! Confira opções de pratos para esta sexta-feira 13
Para afastar a má sorte, o Divirta-se Mais preparou uma seleção de amuletos gastronômicos
Hoje, a bruxa está solta! Sexta-feira 13 chega incomodando os mais supersticiosos. Para ajudar, fizemos uma seleção de preparos com ingredientes que funcionam como amuletos. Seja fartura ou seja prosperidade, conheça receitas que agregam esses itens à gastronomia.
Acreditando ou não em superstições, muitos ouviram falar nas propriedades místicas da pimenta. Na capital, o La pimenteira aposta no ingrediente. “A pimenta tem desde essas propriedades relacionadas à sorte até efeitos positivos para a saúde”, pondera Lucas Resende, sócio da La pimenteira.
Outro insumo, famoso pela aversão dos vampiros, é o alho. O tempero é muito bem-vindo em um formato para lá de versátil no creme de alho gourmet, do Oh my garlic. “Nossos clientes usam para fazer pizza, arroz, feijão e pão com alho, por exemplo”, explica Samar Semaan, sócia com o marido, Nijed Semaan, da casa Salim sou eu e do Oh my garlic.
O porco inteiro, centralizado na mesa, é um sinal de fartura para o futuro. Nada melhor que a riqueza vir na forma de um delicioso leitão à pururuca. “Esse prato é um dos nossos carros-chefes”, explica Renato Bravo, dono do Trem da Serra.
Já o peixe, que ganha um status de animal símbolo de fertilidade, prosperidade e abundância pode ser consumido de uma forma bem brasileira, no Traíra sem espinha. No local, o ingrediente passa por um processo que retira as espinhas. Depois, ele é empanado inteiro.
Para finalizar, que tal um drinque com um toque de sal — aquele mesmo, que espanta o mau-olhado. “O sal é utilizado com a tequila para temperá-la”, explica o chef Davi Lechting. Ele ainda brinca: “Eu sou muto supersticioso, uso sal na minha casa!”.
Dá-lhe pimenta
No La Pimenteira, as pimentas são a alma do negócio. A marca brasiliense investe nos molhos feitos com os ingredientes. “Aqui, usamos apenas as pimentas conhecidas como nucleares. Elas tem acima de um milhão de pontos na escala Scoville — usada para medir o ardor das pimentas”, revela o sócio da marca, Lucas Resende.
A primeira impressão já vem dos charmosos vasilhames em que as pimentas são oferecidas. “Sempre vejo as pessoas cheirando a pimenta, uma coisa parecida com o que se faz com perfume. Busquei fazer uma embalagem que lembrasse isso e, de fato, chama muita a atenção onde expomos o produto”, garante o sócio. Lucas revela que a marca trabalha, atualmente, com sete molhos (R$ 18): La catrina, Moqueca, El luchador, Hot barbecue, Scorpion bite, Sangue de dragão e La matadora.
“Cada molho conta com uma combinação de sabores. Alguns levam dendê, por exemplo, na fórmula, como é o caso do Moqueca”, explica Lucas.
Outro destaque que Lucas ressalta é o molho chipotle (R$ 25) da marca. “Ele é a base de pimenta defumada e mostarda. É muito saboroso em sanduíches, por exemplo”, promove o sócio.
Xô, vampiro!
O alho é aquele ingrediente universal. O tempero aparece da gastronomia oriental à ocidental, sem deixar ninguém de fora! No Salim sou eu, casa especializada em gastronomia libanesa, a pasta de alho começou a se destacar no menu. “Os clientes pediam a pasta em tudo e até queriam levar para casa”, relembra Samar Semaan. Ela e o marido Nijed Semaan resolveram então criar a Oh my garlic.
“A nossa pasta combina com tudo. Sugiro para quem deseja conhecer a receita e a casa experimentar o Banquete (R$ 89,90). São 11 itens — pasta de alho, humos, coalhada seca, chanclish, pão libanês, fatuch, mijandra, kafta grelhada, frango grelhado, quibe frito e charuto de couve”, lista Samar. Ela ainda garante: “A pasta combina com tudo isso, é realmente muito versátil”.
Em 2016, as produções do Oh my garlic começaram, após mais de um ano de pré-projeto. “Pensamos muito bem antes de começar o negócio. No fim de 2016, estávamos produzindo e chegamos aos mercados em fevereiro de 2017”, relembra Samar. Ela explica que o creme de alho gourmet tem três características principais: prático, saudável e versátil. “Esse creme aceita todo tipo de gastronomia, da italiana à brasileira”, ressalta.
Onde comprar
A pasta pode ser encontrada em diversos mercados, como o Dona de casa, Oba, Super adega e Big Box. No restaurante Salim sou eu, a Oh my garlic sai por R$ 9,90, com 200g.
Arriba, abajo, al centro y adentro
O chef Davi Lechting aposta em cheio na gastronomia latina no El Paso Cocina Mexicana. Sobre a cultura do México ele fala do sincretismo, muito comum no país. “Lá, os costumes astecas se misturam aos cristãos no dia a dia. Entre os astecas, havia várias comidas que eram consideradas sagradas ou especiais, como o caso do cacau”. Outro ingrediente famoso pelas superstições entorno é o sal, que aparece em diversos drinques do menu da casa.
“Não sei ao certo como surgiu a tradição do sal nas bebidas, mas essa é uma combinação comum com a tequila”, explica Davi. Segundo ele, o sabor amadeirado do agave — ingrediente utilizado para fazer a bebida — funciona bem com o sal e o limão: “O sal tempera o sabor da bebida, enquanto o limão corta”. Entre as bebidas que usam o sal para agregar sabor está a Marguerita (R$ 23), a Maguerita frozen (R$ 22) e a Michelada (R$ 16).
Para acompanhar o drinque, que tal o filé diablo (R$ 55) — filé-mignon coberto com molho de tomate picante e tequila, guarnecido de batata assada recheada com queijo e arroz mexicano. “Esse prato traz a pimenta, outro alimento com muitos significados”, pontua. Para finalizar, ele sugere um preparo com o chocolate, o Pastel imposible y helado (R$ 22) — bolo de chocolate coberto com pudim e doce de leite acompanhado de sorvete de creme. “Uma curiosidade sobre esse prato: tudo é assado junto”, conta Davi.
Tem lentilha até no hambúrguer
A lentilha é um ótimo ingrediente, em especial se o comensal é supersticioso e acredita que os grãos vão lhe acrescer alguns tostões no bolso. No Cumarim, a lentilha ganha um formato não tão comum, o de hambúrguer, como uma opção para agradar o público vegetariano que a casa recebe. “Por demanda dos nossos clientes, acabamos criando o hambúrguer de lentilha”, relembra José Antônio Moreira, sócio da casa.
Para quem se interessou, a montagem é simples, pão, hambúrguer de 150g, alface, tomate e maionese (R$ 24,90), com batata; ou R$ 21,90, sem batata). “Nosso hambúrguer é feito com lentilha, trigo para quibe, hortelã, salsinha e pimenta branca, tudo isso recheado de muçarela”, explica o sócio. Ainda segundo ele, a mistura lembra a textura do quibe, e a montagem no pão fica muito boa e saborosa. “Ainda mais guarnecida do nosso molho Cumarim, que é um cremoso de pimenta que acompanha todos os nossos pratos”, destaca.
Para quem busca uma refeição, o local trabalha com saladas e grelhados. “As saladas podem vir com ou sem o grelhado e custam a partir de R$ 22,90”, explica Moreira. Abacaxi, alho crocante, alface, castanhas, grão-de-bico, champinhom, ovo de codorna, pepino japonês, tomate-cereja são algumas das alternativas.
Longos e prósperos
No Oriente, macarrão representa prosperidade e vida longa. Esse tipo de prato está presente no menu do restaurante Katsu Lamen House, única casa de Brasília especializada em lámen — uma massa japonesa. Sob os comandos da família do chef Rodrigo Kato, o estabelecimento preserva uma tradição antiga. “Minha avó fazia massa caseira. Por isso, meu pai decidiu investir no lámen, que era uma novidade para o público da capital”, conta Kato.
A massa do lámen é feita artesanalmente no local, e acompanha um caldo-base, presente em todos os preparos da iguaria. “O caldo é feito com a cartilagem do porco, fervida por 12 horas”, explica Rodrigo. O shoyu tyashu, R$ 38, preparo mais tradicional da receita, leva panceta suína, ovos marinados no shoyu, brotos de feijão, kamaboko, cebolinha e algas, além da massa e do caldo-base.
Cada porção de lámen tem 300g e 400ml de caldo: “Uma refeição bem servida”. Outra variedade da iguaria é o butter lámen, que, além do caldo-base e do macarrão, acompanha legumes salteados na manteiga e frango frito, por R$ 33.
Bolinho da abundância
O tempero italiano é marca registrada do restaurante La Fornacella. Comandados por Luigi Tavazza, a casa funciona desde 2010. Nascido em Roma, Itália, Luigi conta que veio para o Brasil com a intenção de abrir um restaurante.
Uma das iguarias ali é o suppli, um bolinho de arroz. Apesar de o grão ser símbolo de riqueza e abundância, o prato é simples. “O suppli era preparado com sobras de risoto”, explica Luigi sobre a receita que, ao longo do tempo, ganhou mais destaque no universo gastronômico. “O preparo é o mesmo de um risoto, com molho e um pouco de carne moída”, conta o chef. Depois de frio, o arroz é transformado em um bolinho recheado com mussarela.
Por último, a iguaria é passada na farinha de trigo, na gema de ovo e na farinha de rosca antes de ser frita. “Quando você faz essa película de farinha, o óleo não entra”, explica Luigi. A unidade do suppli custa R$ 7.
Pururuca poderosa
Clima de fazenda e boa comida: essa é a proposta do restaurante Trem da Serra. A casa atua no mercado desde 1994, sob o comando da família Bravo. “Meu pai começou uma criação de porcos, e decidimos abrir o restaurante para dar valor a nosso produto agropecuário”, conta Renato Bravo, proprietário do estabelecimento. Os porcos, símbolos de sorte, fartura e progresso em diversas culturas, têm destaque no cardápio do Trem da Serra.
“O carro-chefe da casa é o leitão à pururuca”, explica Renato. Criado na fazenda do estabelecimento, o porco é abatido com cerca de 60 dias de vida. O corte utilizado é o pernil dianteiro ou o traseiro. “Após a limpeza, ele recebe o tempero básico, com alho, cebola, pimenta do reino”, conta. Para ganhar sabor, a carne passa a noite inteira marinando no tempero.
O toque final vem com a banha de porco, despejada por cima da carne, com óleo em alta temperatura. Renato explica: “Esse procedimento tem que ser feito logo antes de servir o prato. Quando se joga a banha quente, criam-se bolhas na pele do porco. Chamamos essa técnica de pururucar”. A iguaria, que serve seis pessoas, custa R$ 299, e vem com arroz à grega, tutu de feijão, mandioca frita e couve refogada.
Com sorte e sem espinha
Símbolos de fertilidade, os peixes são os pratos ícones do restaurante Traíra sem espinha. Sob o comando de Givaldo Menezes, o restaurante funciona há 22 anos. A especialidade da casa é o prato que dá nome ao restaurante. A traíra sem espinha é servida inteira, logo após ser frita.
“A gente descama, limpa e depois desossa. A traíra é servida totalmente sem espinha”, conta Givaldo. Depois de temperado, o peixe é passado no fubá de milho para empanar. O proprietário do restaurante explica que a traíra sofre um procedimento especial antes de ir à mesa: “A gente passa o peixe por três tachos diferentes para que ele não fique oleoso”.
Bem servido, o prato leva arroz branco, vinagrete e farofa como acompanhamentos. A traíra é servida em vários tamanhos: o pequeno, para duas pessoas, custa R$ 92,90. Para os que preferirem dividir a iguaria em grupo, a maior porção do prato serve de oito a 10 pessoas, e custa R$ 283, 90.
Docinhos com história
Há 28 anos, Cirônia Oliveira encanta e conquista corações por toda a capital. Proprietária da Cirônia Doces, ela lembra do início simples, quando vendia os bombons — que a tornariam referência — na porta de escolas. “No início, vendia apenas os bombons de morango. Com o tempo, ampliei as opções”, relembra. Quase tão querido quanto o bombom de morango, Cirônia criou também o bombom de uva, que segue a mesma fórmula, casquinha de chocolate, baba de moça e uva.
“Criei o bombom de uva para um casamento, bem no início do meu negócio”, revela. Segundo ela, o contraste do sabor um pouco azedo da uva é o segredo para a combinação dar certo. Além das delícias de uva, o Cirônia Doces oferece diversos sabores, como opções de castanhas e chocolate.
Entre os mais populares, ela destaca o bombom de nozes. “ É um doce que os adultos gostam mais que as crianças”, afirma. Para quem se interessou, os bombons devem ser encomendados por telefone e o cento sai R$ 220. Apenas o cento do doce de morango custa R$ 250.
Onde Comer
Cirônia Doces
(Polo de modas, QE 40, Rua 14 Lote 09, Guará II; 3047-4961), aberto de segunda a sexta, das 8h às 17h; e sábado das 8h às 15h.
Cumarim Burger e Grill
(204 Sul, Bl. B, lj 34 e 36; Avenida Castanheiras, Rua 34 Norte, Lotes 1 e 2; lojas 16 a 18, Águas Claras; telefone 3027-2023), aberto diariamente, das 11h30 às 23h30.
El Paso — Cocina Mexicana
(404 Sul, Bl. C, lj 23; 3323-4618; e 110 Norte, Bl. B, lj. 18; 3349-68200), aberto de terça a quinta, das 12h às 15h, e das 18h à 0h; sexta e sábado, das 12h às 16h, e das 18h à 1h; e domingo, das 12h às 16h, e das 18h à 0h.
La pimenteira
(www.lapimenteira.com ou 3702-7737), compra mediante encomenda com entrega ou retirada no local.
Salim sou eu
(SCES Tr. 2, Conj 34, em frente ao Clube Cota Mil; 3224-2226), aberto terça e quarta, das 12h às 15h e das 18h às 21h; quinta a sábado, das 12h às 15h e das 18h às 23h; domingo,
das 12h às 16h.
Trem da serra
(Núcleo Rural 02, Chácara 46, Sobradinho; 999657446), aberto de sexta a domingo, das 11h às 17h.
Katsu lamen house
(R. 25 Norte, Lt. 2, Lj. 5, Águas Claras; 3084-9158), aberto de terça a domingo, das 19h30 às 22h30.
La fornacella
(312 Norte, Bl. B, Lj. 43; 3033-2345), aberto de terça a domingo, das 18h às 20h.
Traíra sem espinha
(R. 4, Lt. 1, Vila Planalto; 3306-2596), aberto todos os dias, de 11h30 às 16h e de 18h às 23h.