Para esse ano a Casa Doce promete triplicar o tamanho da loja

Quem vai hoje à Casa Doce nem imagina que o sucesso e a popularidade do local começaram ainda quando a confeiteira Angela Tonon, era apenas uma criança. O pai era confeiteiro em Bauru (SP). Dono de padaria, ele começou a trabalhar com 14 anos na área e Angela, desde o berço, seguia de perto os passos do pai.

Já adulta, Angela era professora, casou-se e foi para Recife. “Lá ainda não mexia com nada disso, mas sonhava sempre em trabalhar na cozinha”, relembra. Com o marido militar, Angela se mudou para Pirassununga. “Eu dava aula para as crianças novinhas e fazia as encomendas”, relembra. Fabrício Tonon, um dos filhos, logo complementa: “Ela ia nos buscar na escola, abria o porta-malas e começava a entregar as encomendas”.

Chegando a Brasília, a rotina de Angela se manteve — ela dava aula de educação artística e artes plásticas em uma escola da capital, em casa, pegava as encomendas, feitas na cozinha do apartamento onde a família morava, na 310 Sul. “O Fabrício era pequeno, tinha 9 anos quando chegamos aqui”, frisa.

Mas o jovem futuro chef já se interessava pelo assunto e ajudava a mãe com as encomendas. “Tenho clientes que vêm até hoje aqui e lembram do Fabrício pequeno, entregando as encomendas”, revive.

Assim como os clientes se lembram do jovem chef, Angela se recorda de alguns comensais que ela acompanha há anos, ou melhor, desde o berço. “Tenho um cliente de 15 anos, faço todo ano o bolo de aniversário para ele!”, resume e ainda comemora: “Tenho colegas ainda da época que levava as encomendas no porta-malas, que atualmente faço as receitas para os netos”. Para ela, o segredo é simples: a qualidade. “Aqui você sabe que compra coisas boas.”

Com o tempo, a demanda foi crescendo. “Sentia a necessidade de ter um espaço para fazer os bolos. Ter uma pessoa para me ajudar. Foi então em 2004 que aluguei uma sobreloja, onde realizava os pedidos”, recorda. “Era um espaço pequeno, apenas um balcão. Fiquei lá por sete anos”, destaca.

Inauguração

Nesse período, Fabrício Tonon se formou em administração. “Apesar do curso que ele escolheu, pediu logo para trabalhar comigo, que era o que ele gostava. Foi então que ele fez gastronomia e decidimos abrir a loja atual”, conta a mãe orgulhosa.

Em 2012 Angela e Fabrício davam vida ao sonho, acompanhados por George Tonon, filho que cuida da gerência da casa, e Dárcio Barbado, pai e marido, que ajuda a administrar o estabelecimento. A loja  administrada pela família, não poderia deixar a mãe mais feliz.

“Quando abrimos, os meninos quiseram trabalhar aqui. Minhas filhas preferiram não se envolver”, revela Angela. Segundo ela, uma das vantagens de ter os filhos por perto é que eles cresceram vendo tudo aquilo: “Acaba que eles sabem de tudo”.

Este ano, a família promete um próximo passo ousado. A Casa Doce mudará de lugar, mas não para longe, ainda na mesma rua. Uma loja maior abrigará a ampliação da empreitada dos Tonon. “A nova loja terá mais espaço, são mil metros quadrados”, revela Fabrício, que se mostra empolgado com as novidades por vir.

“Teremos no novo espaço um andar para o restaurante, o que nos dará condições de abrir para o jantar”, pondera Angela. Ela garante que os produtos atuais não sairão das vitrines e que novos serão acrescidos, como as pizzas assadas na hora e os itens de café da manhã. 

“Nossa responsabilidade é grande, especialmente por sermos uma empresa familiar. Na nova loja a qualidade vai continuar a mesma”, garante.

Onde comer

Casa Doce 

(112 Sul, Bl. A, lj 29; 3445-2807), aberto de terça a sexta, das 9h às 20h; sábado, das 9h às 19h; e domingo, das 9h15 às 18h.