Brasília-DF,
25/ABR/2024

Dia do trigo: Veja diversas opções de pratos preparados com o alimento

A versatilidade do trigo proporciona uma série de receitas com o alimento: do hambúrguer às cervejas

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Rebeca Borges* Renata Rios Publicação:09/11/2018 06:01Atualização:08/11/2018 18:24
Massas frescas preparadas no Giulietta Massas Artesanais  (Arquivo Pessoal )
Massas frescas preparadas no Giulietta Massas Artesanais

 
A história do trigo é parte da história do homem. É difícil precisar a data, mas acredita-se que, em algum momento, há cerca de 15 mil anos, no Oriente Médio, houve essa curiosidade de experimentar o alimento.

No início, o ingrediente não era transformado nas inúmeras maravilhas que temos hoje o pão e o macarrão, por exemplo. Antes, com o conhecimento e tecnologia limitados, simplesmente o grão era cozido e consumido na forma de uma espécie de mingau.

O mundo evoluiu e, assim, a gastronomia. Os grãos duros passaram a ser moídos, dando a farinha como resultado, levando ao céu a versatilidade do insumo. Atualmente, o trigo está em quase tudo. Na capital brasileira, o ingrediente é figura certa em diversas receitas. Para aproveitar o Dia Nacional do Trigo, comemorado neste sábado (10/11), a sugestão do Divirta-se Mais é explorar o mundo de possibilidades que o ingrediente abre.

Seja no pão, ingerido diariamente pelo brasileiro, na deliciosa pizza — feita aos moldes italianos, ou até no tradicional quibe, o trigo aparece em peso na gastronomia, não só em Brasília, mas pelo mundo a fora.

*Estagiária sob supervisão de Igor Silveira

 Os pains au chocolat são feitos usando uma farinha com mais glúten, com o miolo de cereal (Ana Rayssa/Esp. CB)
Os pains au chocolat são feitos usando uma farinha com mais glúten, com o miolo de cereal

Do grão ao pão


Quando o assunto é pão, o trigo é parte fundamental da receita. São inúmeros formatos, sabores e texturas que as diferentes farinhas de trigo utilizadas proporcionam. “A farinha que utilizo para fazer o folheado, por exemplo, é a T45, ela tem mais glúten. A T65 serve bem para baguetes, enquanto a T150 é a farinha integral”, explica Serge Segura, chef da L’amour du pain.

Serge explica que a farinha certa é fundamental para a receita. O glúten é importante nos croissants e pain au chocolat, por exemplo, em que a massa chega a se parecer com um chiclete durante o preparo.

No caso dos preparos integrais, a farinha utilizada é feita com o grão inteiro do cereal. “Quando você pega essa farinha na mão, vê a casca e pedacinhos, ao contrário da farinha que uso para o folheado”, pontua.

O quibe leva metade de trigo e metade de carne, o que garante uma massa mais leve (Ana Rayssa/Esp. CB/D.A Press. Brasil. Brasília )
O quibe leva metade de trigo e metade de carne, o que garante uma massa mais leve

Berço do sabor


A gastronomia árabe marca pelos sabores refrescantes e temperados que milhares de anos ajudaram a esculpir. Nesse berço dos sabores, o trigo não poderia faltar. No Zahia Café & Cozinha Árabe, a chef e proprietária, Dulcinea Cassis, oferece algumas receitas que levam o ingrediente, como é o caso do Quibe da Dona Yollanda(R$28, com 8), preparo especial da casa.

“Esse quibe é diferenciado, pois é oco, ótimo para comer com as pastinhas”, explica Dulcinea. A especialista ainda ressalta que o trigo usado nesse preparo é apenas cortado. “Não chega a ser um trigo moído. Ele é usado em pedaços e é preciso deixar de molho antes de usar”, pontua. Ela conta que o cereal faz com que a receita fique mais leve.

Ainda na gastronomia árabe, vale destacar uma das saladas mais conhecidas dessa culinária, o tabule. A receita é servida no bufê (a partir de R$47) do Zahia, onde o comensal encontra os quibes nas versões assada e crua. “Faço meu tabule como a minha vó fazia: tomate, pepino, hortelã, cebola e trigo. O trigo vai em natura, o que faz o preparo ser muito refrescante e saudável”, finaliza.


Preparado com trigo, o hambúrguer vegetariano do Cumarim é uma alternativa para o público que não come carne %u2014 mas faz sucesso entre toda a clientela (Ana Carneiro/Esp.CB/D.A Press)
Preparado com trigo, o hambúrguer vegetariano do Cumarim é uma alternativa para o público que não come carne %u2014 mas faz sucesso entre toda a clientela

Até no hambúrguer!


Hambúrguer preparado com trigo? Sim! Essa é uma das iguarias do restaurante Cumarim Burger Grill. O prato é uma das opções vegetariana da casa, mas faz sucesso até entre o público que consome carnes.

A iguaria conta com um hambúrguer de 150g, recheado com queijo mussarela. Ele é preparado com trigo para quibe, lentilha, hortelã, salsinha e pimenta-branca. “A gente fez alguns testes e decidimos utilizar o trigo para remeter ao quibe cru e ficar próximo da textura de carne. Além disso, ele é bastante diferente das opções do mercado”, conta Tarlen Silgueira, sócio-proprietário da casa.

“A gente leva na chapa, dividido em duas partes. No meio, é colocado o queijo mussarela, e ele fica ‘recheado’”, explica Tarlen. Produzido na casa, o hambúrguer vegetariano (R$ 24,90) faz sucesso. O prato acompanha uma porção opcional de batata frita (a versão sem batata custa R$ 19,90) e um molho preparado na casa.


Salada de Grãos, do restaurante Bhumi Cozinha Orgânica e Saudável (Bruno Aguiar/Divulgação.)
Salada de Grãos, do restaurante Bhumi Cozinha Orgânica e Saudável

Saudável e saboroso


A versatilidade do trigo é aproveitada para preparar pratos saudáveis no Bhumi Cozinha Orgânica e Saudável. O restaurante oferece diversas opções com a iguaria, mas um deles tem destaque: a salada de grãos (R$ 24,90). O prato leva mix de folhas orgânicas, trigo germinado, linhaça, gergelim com maçã desidratada e vegetais como abobrinha, beterraba e cenoura.

“A gente usa o trigo porque, apesar de todo o bombardeio recente sobre o glúten, continua sendo, desde que bem selecionado, um alimento saudável”, explica Gilberto Manso, proprietário do estabelecimento. Ele também ressalta que a utilização do grão germinado garante uma refeição mais saudável. “O processo de germinação amplifica os nutrientes do trigo e reduz o glúten”, conta Gilberto.

Além de todos os benefícios para a saúde, o trigo germinado também garante sabor ao prato. “Ele é levemente adocicado, e dá um diferencial nessa salada de grãos”, afirma Gilberto. A iguaria também é utilizada em algumas saladas servidas no buffet diário (R$ 64, o quilo) da casa.


 A pizza margherita e a pizza marinara seguem a receita tradicional de mais de 200 anos ( Helio Montferre/Esp. CB/D.A Press)
A pizza margherita e a pizza marinara seguem a receita tradicional de mais de 200 anos

Não aceite imitações!


Quando o assunto é pizza, a Baco é referência na capital. A casa possui a certificação da Associazione Verace Pizza Napoletana e duas de suas redondas ganham esse selo.

Queridinha do chef Gil Guimarães, ele logo se empolga ao falar da massa: “A pizza napolitana é superleve. Ela não é crocante, tem a massa elástica e leve como características. A borda é o resultado de a massa crescer, ela fica alta”, descreve.

Sobre os sabores, a marguerita (R$ 50,20, média; 67,80, grande) vem à mesa com muçarela de búfala, pomodoro pelati, parmesão e basílico. A marinara (R$ 39,20, média; R$ 49,70, grande) é coberta apenas por tomate pelado italiano, orégano, azeite e alho.


As massas frescas preparadas no Giulietta Massas Artesanais são feitas com ovo e um blend de farinhas
 (Divulgação)
As massas frescas preparadas no Giulietta Massas Artesanais são feitas com ovo e um blend de farinhas

De todas as formas


Uma boa massa ocupa um lugar especial tanto no estômago quanto no coração. Cumpridas ou furadas, longas ou recheadas, as massas são uma arte que na Giulietta Massas Artesanais são apresentadas com maestria. Feitas em um formato para serem finalizadas em casa, o local vende as massas e os molhos. “Nossas massas duram nove dias. Não levam conservantes e, se congeladas, chegam a 90 dias”, informa Rodrigo Viana, sócio da casa.

Entre as alternativas apresentadas no local, Rodrigo destaca duas massas recheadas. A primeira é o Ravioli com recheio de burrata com limão siciliano (R$ 39,50, com 500g), a segunda, um nhoque de batata-baroa recheado com brie (R$ 32, com 500g). “Para acompanhar, o molho fungui (R$ 22, com 400ml) funciona muito bem com o nhoque enquanto o pomodoro (R$ 17, com 400ml) é uma boa junção com o ravioli”, sugere.

Vale citar também o linguine e o fetucine (R$ 14, com 500g), ambas curingas na cozinha. Sobre suas massas, Rodrigo revela ainda que trabalha com um blend de farinhas, a fim de chegar ao resultado mais próximo à perfeição. “Misturo a farinha do trigo normal com a do grano duro. Isso resulta em uma massa mais firme e que aguenta bem a cocção”, pontua o chef.


Simples e saboroso: o bolo de trigo é uma das opções da loja Bolos da Vovó
 (Divulgação)
Simples e saboroso: o bolo de trigo é uma das opções da loja Bolos da Vovó

Clássico dos clássicos


Dentre os quitutes preparados com trigo, um tem destaque: o bolo. A iguaria é simples, e tem cara de comida da mamãe ou da vovó. “O trigo é usado desde sempre em bolos. Para produzir uma boa receita, temos que analisar a qualidade da farinha”, explica Marisperc Lima, proprietária da loja Bolos da Vovó.

Ela conta que, nos bolos, é ideal que a farinha de trigo tenha um baixo percentual de proteína. “Essa proteína dá elasticidade para a massa, e o bolo não precisa disso”, afirma Marisperc. Além disso, ela explica que o trigo é essencial para “dar leveza ao bolo”.

Além do clássico, todos os outros bolos da casa levam farinha de trigo. Os preços são variados: os pratos mais simples, de sabores como trigo, laranja e mesclado, custam R$ 17. Os bolos mais elaborados, com recheio e cobertura, como as iguarias de leite Ninho e cenoura trufada, custam até R$ 35.

Direto do forno
Recentemente, a Bolos da Vovó passou a produzir pães. Também preparadas com trigo, as iguarias estão disponíveis em diferentes tipos, e variam entre R$ 8 e R$ 10, a unidade. A loja conta com pães de leite, sovados, de batata, de cenoura e o clássico pão francês (R$ 15,90, o quilo) — todos com fermentação natural.

O casadinho de goiabada é uma das iguarias preparadas com trigo na Casa de Biscoitos Mineiros (Divulgação)
O casadinho de goiabada é uma das iguarias preparadas com trigo na Casa de Biscoitos Mineiros


Quitutes adocicados


Na Casa de Biscoitos Mineiros, os quitutes preparados com trigo fazem sucesso durante todo o ano. As iguarias são variadas: vão das roscas aos bolos. “Na nossa loja, a principal matéria-prima é o trigo, e nossos produtos são totalmente artesanais”, afirma Andreia Teixeira, proprietária da casa.

Entre os sucessos, estão o bolo simples (R$ 31,90, o quilo), a rosca mineira (R$ 30,90, o quilo) e o panetone tradicional ou de chocolate (R$ 46,90, o quilo).

Apesar da diversidade de iguarias, quem brilha no menu são os biscoitos. “A gente tem, desde o casadinho de goiabada (R$ 48,90, o quilo), totalmente feito com farinha de trigo, até os biscoitos amanteigados e sequilhos”, explica Andreia.

“A massa desses biscoitos é supersimples, e a gente usa para vários segmentos: o trigo nos dá essa possibilidade”, conta Andreia. Ela afirma que os quitutes amanteigados (R$ 88,90, o quilo) fazem muito sucesso em datas comemorativas. “A gente teve no Halloween, no Dia das Crianças e teremos no Natal”, ressalta.


A bebida à base de trigo é uma das alternativas no Cão Véio (Divulgação)
A bebida à base de trigo é uma das alternativas no Cão Véio

Para comer e brindar


O Cão Véio é uma daquelas casas que caiu nas graças dos brasilienses. A ideia de curtir o local e aproveitar as receitas criativas oferecidas no local não poderiam combinar mais com uma boa cerveja — melhor ainda se feita de trigo.

Entre as alternativas para beber, Guilherme Lavarotti, sócio do local, recomenda o chope Paulaner Weiss (a partir de R$21). O chope de trigo é mais leve, ele não sai tanto quanto o de cevada, mas é muito bem aceito”, pontua o sócio, que afirma que a bebida ainda pode ser encontrada engarrafada, para quem for à unidade na beira do Lago.

Para acompanhar, a dica é aproveitar o Mastim(R$39) — sanduíche de cupim assado lentamente, finalizado na manteiga de garrafa com vinagrete de agrião, cebola roxa e tomate servido no pão caseiro. Guilherme ainda destaca que o preparo vem guarnecido de mandioca frita.


Onde comer

 
L’amour du pain 
(115 Sul, Bl. B, lj. 10; 3525-5909) aberta diariamente, das 7h às 22h.

Zahia Café & Cozinha Árabe 
(CLSW 301, BL. B, lj 1, Sudoeste; 3201-6121), aberto de segunda a sábado, das 11h30 às 22h30. 

Cumarim Burger Grill
(204 Sul, Bl. C, ljs 34/36; 3546-6282 e Rua 33 Norte, Águas Claras; 3027-2023), aberto diariamente, das 11h30 às 23h30.

Bhumi Cozinha Orgânica e Saudável
(113 Sul, Bl. D, ljs. 33 e 34; 3345.0046), aberto de segunda a sábado, das 8h às 22h, e domingos e feriados, das 8h às 16h.

Baco Pizzaria
(309 Norte Bl. A lj 30/40; 3274-8600) e (408 Sul Bl. C lj 35; 3244-2292), aberto diariamente, das 18h à 0h.

Giulietta Massas Frescas 
(Rua 31 SUl, lj 1; 3879-2704), aberto de segunda a sábado, das 8h às 21h; domingo, das 10h às 14h.

Bolos da Vovó
(310 Sul, Bl. C, lj 2; 3541-0095), aberto de segunda a sexta, das 7h30 às 19h, e sábado, das 7h30 às 18h. 

Casa de Biscoitos Mineiros
(210 Norte, Bl. D, ljs 20/48; 3274-2922 e 106 Sul, Bl. A; 3443-4311), aberto segunda, das 8h às 20h, de terça a sexta, das 7h30 às 20h, e sábado, das 7h30 às 18h.
(Rua 33 Norte, ljs 11/15, Águas Claras; 3435-6182), aberto segunda, das 8h às 21h, de terça a sexta, das 7h30 Às 21h, e sábado, das 7h30 às 19h.

Cão Veio 
(404 Sul, Bl B, lj 35; 3257-8455), aberto de terça a sexta, das 12h às 15h e das 18h à 0h; sábado, das 12h às 17h e das 18h à 0h; domingo, das 12h às 17h e das 18h às 23h.

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