Brasília-DF,
30/OUT/2024

Saiba onde comer bons pratos com carne vermelha em Brasília

Depois de um período em que pessoas evitam carne vermelha, o ingrediente volta a reinar na mesa dos brasileiros

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Renata Rios Mariah Aquino* Publicação:26/04/2019 06:03Atualização:25/04/2019 18:07

 (Fernando Pires/Divulgação)

 

Boa fonte de proteína, vitaminas, ferro e gorduras, a carne vermelha é presença quase certa na dieta de muitos brasileiros. Com o fim da Quaresma — período durante o qual muita gente evita o alimento —, o consumo está novamente liberado. Para ajudar o leitor a aproveitar o fim de semana com cortes apetitosos, o Divirta-se Mais selecionou casas que trabalham com produtos diferenciados.

 

Entre os estabelecimentos, vale destacar o BSB Grill, inaugurado em 1998, privilegiando cortes nobres. “Fomos a primeira casa a trazer esses cortes para a capital. Aos poucos, a aceitação do público foi crescendo”, relata Issa Atie, proprietário do local. Segundo ele, quando a casa abriu, a picanha correspondia a praticamente 100% dos pedidos. “Ela foi caindo com o tempo, chegou a ser 50%, e hoje fica com 30% a 40%”, informa.

 

Não se pode falar de carne vermelha e não se lembrar da picanha, quase uma paixão nacional. O corte coberto por uma capa de gordura é muito utilizado nos churrascos. Na Fogo de Chão, a proteína circula pelo salão durante o rodízio. “A picanha é o corte que está sempre à frente, sendo o mais consumido”, pontua Cássio Alexandre Silva, diretor de operações da Fogo de Chão Brasil. Apesar do favoritismo, ele complementa: “A nossa especialidade é o churrasco, não tendo uma carne em destaque”, garante.

 

Outra delícia feita da proteína bovina é a carne de sol, preparo típico nordestino oferecido em diversos estabelecimentos da capital, caso do Gibão, onde a carne vem acompanhada de arroz, feijão-verde, paçoca de carne de sol, mandioca cozida (ou frita), cheiro verde, vinagrete e manteiga de garrafa. Vale destacar que a carne de sol é feita na casa e conta com duas alternativas de proteína: lagarto e coxão duro. 

 

Temperada apenas com sal grosso, a picanha é a favorita no rodízio na Fogo de Chão (Fogo de Chão/Divulgação)
Temperada apenas com sal grosso, a picanha é a favorita no rodízio na Fogo de Chão
 

 

Paixão nacional

 

Entre as churrascarias da cidade, o Fogo de chão é um símbolo de qualidade e bom atendimento. O local, privilegiado com uma bela vista da Torre de TV e do Eixo Monumental, aposta com tudo nas carnes, servidas na forma de rodízio no estabelecimento, a R$ 149. Entre as opções, está uma paixão nacional: a picanha. “É o corte mais consumido em nossas unidades brasileiras e nas dos EUA”, destaca Cássio Alexandre Silva, diretor de operações do Fogo de Chão Brasil.

 

Segundo ele, o processo para um bom produto final começa ainda na hora de escolher os insumos. “As nossas carnes são selecionadas rigorosamente seguindo um padrão de qualidade em todas as nossas unidades”, garante.

 

Já no tempero, é a tradição gaúcha que estabelece o sabor das carnes: apenas sal grosso. Cássio ainda destaca outros cortes que fazem sucesso. “Fraldinha, costela premium, cupim estão entre as mais pedidas. Há pouco tempo os cortes da dianteira do boi começaram a ter mais destaque. Com isso, os cortes como o bife ancho, costela premium e outros ganharam mais evidência”, informa.

 

Para acompanhar a carne, a churrascaria trabalha com um bufê à vontade para o rodízio. “Nosso diferencial está na elaboração de receitas leves e frescas e com produtos diferenciados”, pontua. No restaurante, o comensal pode escolher entre pratos quentes e frios para acompanhar o churrasco. 

 

Bife de tiras e arroz biro-biro: casamento perfeito na Primus (Carlos Moura/CB/D.A Press)
Bife de tiras e arroz biro-biro: casamento perfeito na Primus

 

Açougue e restaurante

 

A Primus Carnes Nobres tornou-se, durante os três anos de atuação na cidade, bem mais diversa do que o nome sugere. A casa se divide entre um açougue amplo, com cortes nobres e carne de animais não convencionais, como coelho, jacaré, javali e rã; e com um restaurante em que predominam as opções preparadas na parrilla. “Usamos o modelo tradicional do Uruguai. Todas as carnes bovinas, tirando o filé-mignon, são de ancho”, explica um dos proprietários, Adriano Correa.

 

Para comemorar os três anos, o cardápio da casa foi reformulado pelo chef Bené Reis. Agora, a carta do restaurante também inclui massas, 20 guarnições, pratos gourmet e cortes premium, além de pratos em tamanho família e adaptados para os pequenos. Preparado com o miolo da picanha, o bife de tiras (R$ 56,90) é servido com o famoso arroz biro-biro (R$ 12,90), que leva arroz, ovo, bacon, cebolinha e batata palha e “é disparado o que mais servimos”.

 

O restaurante inova ao incluir no cardápio opções para veganos e vegetarianos. Entre elas estão o espaguete de abobrinha ao molho pesto de baru e tomate-cereja (R$ 29,90), o omelete de queijo brie com salada de folhas (R$ 34,90) e o risoto de shitake com pequi (R$ 39,90). 

 

O bife de chorizo é um dos pratos do almoço executivo do BSB Grill (Breno Fortes/CB/D.A Press)
O bife de chorizo é um dos pratos do almoço executivo do BSB Grill
 

 

Nobreza desde o início

 

Entre as casas famosas pelas carnes em Brasília, o BSB Grill trabalha com diversas alternativas de  carne vermelha. O proprietário Issa Atie explica que o fundamental é a qualidade dos cortes oferecidos. “Nossas carnes são de alta qualidade. Uso bois da raça Angus, que possui mais marmoreio nas peças”, pondera.

 

Segundo ele, entre os cortes de destaque o bife de chorizo é uma ótima alternativa. O corte localizado próximo à coluna tem a capa de gordura e o marmoreio — a primeira agrega sabor, enquanto o segundo dá suculência, maciez e textura.

 

“O contrafilé, ou bife de chorizo, talvez seja o corte mais popular para churrasco. Ele tem uma camada de gordura, é uma das peças com mais marmoreio, graças à coluna vertebral”, pontua. Para acompanhar, ele destaca que a carne fica bem com tudo. “Gosto muito da combinação de arroz com brócolis, farofa de ovos e batata frita. Na Argentina, por exemplo, as batatas suflê são muito comuns”, destaca.

 

Durante a semana, o BSB Grill oferece almoço executivo premium. “O cliente escolhe a proteína e tem três acompanhamentos à vontade”, informa. Na terça é o dia do filé de frango; quarta da maminha; quinta é a vez do contrafilé e sexta, da picanha. Além dos cortes do dia, que saem por R$ 39,90; ainda vale conferir as oito opções de corte disponíveis por R$ 44,90

 

O baby beef é um corte tirado do ancho exclusivo do Rubaiyat (Rubaiyat/Divulgação)
O baby beef é um corte tirado do ancho exclusivo do Rubaiyat
 

 

Exclusividade à mesa

 

Às margens do Lago Paranoá, o Rubaiyat é um ponto de referência quando o assunto são as carnes. Com um belo salão de vidro, a casa oferece uma vista espetacular do Lago Paranoá tanto para quem está sentado na varanda como para os clientes do salão. No menu, chama a atenção a grande variedade de cortes nobres.

 

Um dos orgulhos é o baby beef (R$ 114 —320g; R$ 210—600g). “Esse é um corte exclusivo do Rubaiyat. Ele é feito do filé da costela”, informa o chef da casa, John Nascimento. Ele ainda complementa que a carne conta com marmoreio e a gordura pequena, no centro da peça. “Esse é um dos cortes com mais sabor, é um corte premium, um dos melhores da casa”, garante. Para acompanhar, ele sugere as batatas suflê — que já acompanham as receitas — ou a farofa de ovos.

 

Outro preparo que merece atenção é o costelão Rubaiyat (R$ 95). “Esse prato é cortado e servido na mesa. É uma peça maior, que vai sendo cortada á medida que temos a demanda”, explica. Ele ainda revela que a receita é cozida em baixa temperatura por cerca de quatro horas e acompanha molho roti, farofa Luiz Tavares e purê de batata com pasta de cogumelos e azeite trufado. 

 

O filé a cavalo é o mais pedido no Ki-filé (Ed Alves/CB/D.A Press)
O filé a cavalo é o mais pedido no Ki-filé
 

 

Negócio de família

 

O Ki-filé Cavalcante funciona desde 1984 e conta com um cardápio de filés para todos os gostos. O restaurante foi fundado pelo pai e pelo tio de Roberto Cavalcante, que comanda hoje a casa. “Temos o prato do dia, que sai por R$ 39 por pessoa e é muito bem servido”, destaca. Na segunda, é carne de sol ou bisteca. Na quarta, por exemplo, rabada ou carneiro. Sexta e sábado são dias de feijoada.

 

Entre os queridinhos da casa, Roberto ressalta o filé a cavalo (R$ 40). O filé-mignon é servido com dois ovos fritos por cima. Acompanham arroz, feijão e farofa de ovos. Outras opções como o filé à francesa e à parmegiana (R$ 40) estão no cardápio à la carte do Ki-filé e são servidos em porções individuais.

 

Na terça, o prato do dia é o cozido à portuguesa, com legumes. Na quinta, cassoulet (a feijoada francesa) ou a tradicional dobradinha nordestina. A carne de sol volta como opção especial no domingo.

 

O molho e as ervas dão um toque único ao herb crusted filet (Empório Comunicação/Divulgação)
O molho e as ervas dão um toque único ao herb crusted filet
 

 

Ervas e vinho

 

No Outback Steakhouse, as carnes ocupam um lugar de prestígio no menu. Entre as alternativas, os cortes nobres são recorrentes, mas não são a única garantia de qualidade. “De origem controlada e exclusivamente produzidos para o Outback, os cortes são certificados e de altíssima qualidade, o que garante marmorização ideal para que a suculência apresentada ao consumidor seja impecável”, explica André Gomes, sócio regional do Outback Steakhouse.

 

O herb crusted filet (R$ 64,90) traz três cortes de filé-mignon temperados com ervas finas e servidos com molho cabernet merlot. “O mix de ervas finas proporciona ao cliente uma carne muito saborosa e suculenta e a combinação com o molho à base de vinho oferece sabor único e marcante. Tradicionalmente, os cortes do Herb crusted filet chegam à mesa mal passados. Mas o cliente que preferir pode pedir para alterar o ponto”, sugere. Ele ainda recomenda que a carne seja guarnecida pelo arroz pilaf (R$ 23,95) — preparado com pimentões vermelhos, cebola, salsinha e um mix de temperos da casa com toque de cordeiro.

 

Para quem busca algo que chame a atenção, o T-Bone é uma estrela à parte. A receita chama a atenção não só pelo tamanho, mas também pelo sabor. “No Outback, ele é chamado The Porterhouse (R$ 82,90): cerca de 500g de um corte nobre e macio formado por um delicioso encontro de contrafilé e filé-mignon. Aqui ele é preparado na chapa com um mix dos nossos temperos secretos”, revela. 

 

A porção do restaurante serve até três pessoas com fartura (Kléber Lima/CB/D.A Press)
A porção do restaurante serve até três pessoas com fartura
 

 

Tradicional e brasiliense

 

Quem passa pelo Parque da Cidade, no coração da capital, pode se deliciar com a carne de sol no Gibão. O espaço é ideal para famílias: “Temos um parquinho grande que foi recém reformado”, explica a gerente Eudinice Almeida. “Recebemos muitas famílias, porque as crianças têm essa opção. Também é um lugar em que as pessoas sabem que serão servidas rapidamente, nosso atendimento é ágil”, completa.

 

A carne de sol é servida de duas maneiras: no xique-xique (R$ 104,90), a proteína vem acompanhada de arroz, feijão-verde, paçoca de carne de sol, mandioca cozida, cheiro-verde, vinagrete e manteiga de garrafa. No mandacaru (R$ 110,90), a mandioca cozida é trocada pela frita. Também é possível optar por batata frita. A porção serve bem de duas a três pessoas.

 

Além do carro-chefe da casa, o Gibão oferece galeto assado na brasa (R$ 82,90), com arroz, feijão-verde e batata frita, em porção para duas pessoas. “Nossa mandioca é bem amarelinha, deliciosa e de muita qualidade”, assegura Eudinice. “Só trabalhamos com carne de boi, prezamos por produtos de boa qualidade”, finaliza. 

 

A costela premium é destaque da churrascaria Potência Grill (Agencia Ellev/Divulgação)
A costela premium é destaque da churrascaria Potência Grill
 

 

Churrasco de primeira

 

O Potência Grill oferece um tradicional rodízio de carnes. “São 18 cortes diferentes e selecionados. Trabalhamos com carne bovina, suína, de aves e cordeiro”, explica o proprietário Claudir Lorini. “Nossas carnes são conferidas peça por peça desde o recebimento, respeitamos as condições específicas de cada proteína”

 

O rodízio inclui, além dos 18 cortes, um variado bufê de quase 40 diferentes saladas e acompanhamentos, como macarrão alho e óleo e arroz carreteiro, tudo à vontade. De quebra, também estão disponíveis alguns sushis e sashimis. Até o fim do mês, a casa adota uma promoção de R$ 59, por pessoa, no almoço e no jantar.

 

Claudir destaca a costela premium: “Ela é feita usando da terceira a quinta vértebras do boi”, explica. A churrascaria conta também com salões para reuniões sem custo adicional de locação. 

 

“Temos um salão para 80 pessoas —  um para 40 e uma sala privativa que comporta de 12 a 14 pessoas, que pode ser usado para reuniões”, esclarece o dono.

 

A qualidade da carne faz toda a diferença, e a prova é o acém servido no Brace Carnes Especiais (Fernando Pires/Divulgação)
A qualidade da carne faz toda a diferença, e a prova é o acém servido no Brace Carnes Especiais
 

 

No conforto do seu lar

 

Quando o cliente vai ao Brace Carnes Especiais, ele faz uma escolha: consumir os cortes oferecidos no menu e servidos na casa ou levar a proteína para fazer em casa. Mailson Carvalho, gerente do local, explica que as carnes podem ser compradas resfriadas ou congeladas, e as mesmas carnes do menu já porcionadas com 300g ou 600g.

 

Entre os preparos que o gerente indica estão as mais famosas, o ancho (R$ 77) e o chorizo (R$ 64). “Entre os entendedores de carne, essas são as mais populares. Elas têm a gordura marmorizada, o que dá suculência e maciez à carne”, explica. 

 

Mailson ainda destaca que a casa trabalha com animais de qualidade, o que resulta em um produto melhor. “As pessoas estão ficando mais conscientes. O brasileiro não entendia que não existe carne de segunda, mas, sim, gado de segunda”, declara.

 

Outro corte que ganha corações no estabelecimento prova justamente o que Mailson defende. No local, o acém dá origem a dois cortes: o prime steak (R$ 59) ou o short ribs (R$ 59). “Quando compramos essa carne sem qualidade, ela fica dura, mas aqui na casa, por usarmos uma matéria-prima de qualidade, ela não deixa em nada a desejar para o filé de costela, por exemplo”, pondera, e ainda garante: “Essa peça tem até mais marmoreio que o filé da costela”. 

 

*Estagiária sob a supervisão de Vinicius Nader 

 

ONDE COMER

 

Brace Carnes Especiais

(404 Sul, Bl. A, lj 33; 3323-7414), aberto segunda, das 9h às 16h, terça a quinta, das 9h às 23h; sexta e sábado, das 9h à 0h; domingo, das 9h às 16h. Almoço a partir das 12h.

 

BSB Grill 

(304 Norte, Bl. B, lj. 19; 3326-0976) e (413 Sul, Bl. D, lj. 36; 3346-0036), aberto de terça a sábado, das 12h à 0h, e domingo, das 12h às 17h.

 

Fogo de Chão 

(SHS Q. 5, Bl. E; 3322-4666), aberto de segunda a sexta, das 12h às 16h, e das 18h às 23h30; sábado, das 12h às 23h30, e domingo, das 12h às 22h30.

 

Gibão Carne de Sol 

(EPIG nº 7, Parque da Cidade, 3226-2449; CNB 5, lt. 14, lj. 6, Taguatinga Norte, 3563-4085), aberto de segunda a sábado, das 11h às 23h; domingos, das 11h às 18h.

 

Ki-filé Cavalcante 

(405 Norte, Bl. A, lj. 55; 3274-6363), aberto de segunda a sexta, das 11h às 23h; sábados e domingos, das 11h às 16h.

 

Potência Grill 

(SCEN lt. 12, 13 e 14, Clube Almirante Alexandrino; 3306-1112), aberto de segunda a sexta, das 11h30 às 15h30, e das 18h30 às 23h; sábados, das 11h30 às 16h, e das 18h30 às 23h; domingos, das 11h30 às 16h.

 

Outback Steakhouse 

(SHIN Q. CA 4, lt A, lj 21, piso térreo; 3468-3655) e (SAI/SO, área 5580, CCCV, ljs. 149I e 149-T, ParkShopping, Guará; 3234-7664), aberto de segunda a quinta, das 11h30 às 15h, e das 17h às 23h30; sexta e sábado, das 12h à 0h; domingo, das 12h às 23h30.

 

Primus Carnes Nobres 

(Rua 12, chácara 129A, cj. A, lt. 8,Vicente Pires, 3797-7070; 409 Sul, Bl. D, lj. 28; 3443-7070), aberto de domingo a terça, das 11h30 às 23h; de quarta a sábado, das 11h à 0h.

 

Rubaiyat Brasília 

(SCES Tr. 1, lt. 1A, 3443-5000), aberto de segunda a sábado, das 12h à 0h e no domingo, das 12h às 18h. 

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