Brasília-DF,
20/ABR/2024

Conheça estabelecimentos da cidade que têm pratos diferentes para o são-joão

O Correio traz boas opções para quem quer fugir do tradicional

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Renata Rios Geovana Melo* Melissa Duarte* Publicação:28/06/2019 06:10Atualização:28/06/2019 09:26
Pão-de-canjica é uma boa opção para fugir do convencional na época junina (Ana Rayssa/CB/D.A Press)
Pão-de-canjica é uma boa opção para fugir do convencional na época junina


Junho está terminando, mas as festas de são-joão ainda se estendem pelo segundo semestre. Entre tantas festanças, o Divirta-se Mais desta semana indica receitas que se inspiram nos ingredientes ou até nos preparos clássicos do período, mas com novas roupagens, na forma de receitas que fogem do clássico. Confira algumas alternativas para festejar o arraiá sem cair no óbvio.

A primeira alternativa é a famosa costela com mandioca; servida como caldo em boa parte dos arraiás. No Sous Ribs & Beer, a combinação ganha um formato elegante e ainda aposta na técnica francesa sous vide — que consiste em uma cocção a vácuo e de baixa temperatura. “Nossa costela fica muito macia. Essa técnica garante muita suculência e um sabor diferenciado”, promete Luciano Martins.

Para os fãs do quentão, a receita ganha uma versão cheia de estilo no 5uinto. Além dos ingredientes diferenciados, o nome também deixa claro que a receita é uma versão própria da casa, o Quintão. “Usamos nele a cachaça infusionada com especiarias, fica muito interessante e aromática”, garante Ruiz Lopes, sócio da casa.

Nos doces, ainda vale conferir as delícias oferecidas na Casa Doce. No local, recém-instalado em novo endereço, o local trabalha com bolos caseiros no balcão, cheios de charme. Entre as receitas que estão sempre disponíveis, o bolo de fubá e o bolo de mandioca seguem o clássico, com extremo cuidado em todo processo. Entre as novidades que o novo espaço pede, o bolo de amendoim é uma receita que encanta tanto os olhos quanto a barriga.

*Estagiárias sob supervisão de Igor Silveira.
 
Usando cachaça infusionada, o Quintão promete rebater o frio (Crédito: Minervino Júnior/CB/DA.Press.)
Usando cachaça infusionada, o Quintão promete rebater o frio
 Quentão com estilo próprio

A mais brasileira das bebidas é a cachaça. A branquinha marca presença nas festas de são-joão, época em que o quentão chega com tudo. Parte pelo sabor agradável e pelo fato de ser uma bebida quentinha, ela arrebata corações no inverno. No 5uinto Bar, o quentão não vem na forma original, mas em uma versão aprimorada e batizada de Quintão (R$ 14,90).

“Tentamos nos inspirar na bebida clássica, mas com a nossa própria versão”, informa o sócio da casa Ruiz Lopes. Ele descreve como a bebida é elaborada antes de ir para a mesa: “Usamos uma cachaça infusionada com cravo e canela, xarope de gengibre e chá de maçã”, ressalta. Segundo Ruiz, a bebida fica menos doce que a versão original, especialmente devido ao chá.

Para quem busca outras opções quentinhas, o Irish coffee (R$ 23,90) da casa é para lá de bem recomendado. “Esse é um clássico. Usamos o café com Bourbon e chantili artesanal, no frio, é ótimo”, sugere. Entre as comidas, a dica é a carne loca (R$29,90), que passa por três horas de cocção e é servida com pão e queijo.

A vaca desatolou

A vaca atolada batiza, de forma bem-humorada, a costela bovina combinada à mandioca cozida. A receita é um clássico das festas juninas, especialmente na forma do caldo, que ajuda a esquentar nos dias frios. Claro que essa não é a única forma de consumir essa combinação. “No Sul, a costela de fogo de chão é muito tradicional. Na Sous Ribs & Beer, o sous vide garante sabor e textura macia para a proteína”, explica Luciano Martins, proprietário da casa.

Como o nome indica, a técnica francesa é aplicada com maestria no local. “A costela é cozida em baixa temperatura e a vácuo, deixamos ela entre 48h e 72h no sous vide a 68,5°C”, elabora Luciano, que revela que chegar nessa temperatura levou tempo e muitos testes.

A costela servida vem em uma farta porção (R$ 76,90): “In natura, essa costela pesa cerca de 1kg e ainda vem acompanhada de arroz, farofa, vinagrete e mandioca frita. Cada acompanhamento com cerca de 250g”, detalha. O toque final está na mandioca, que é cozida e depois, frita: “ela fica macia por dentro e crocante por fora devido à mistura das técnicas”.
 
A costela bovina no sous vide é a favorita da casa (Sous Ribs&Beer/Divulgação)
A costela bovina no sous vide é a favorita da casa
 

Pratos juninos

Há quem diga que espetinho e salsichão não são comidas típicas de festa junina. O restaurante Chicago Prime está aí para provar o contrário. Os espetinhos, inclusive, são sucesso durante o ano inteiro. A variedade de sabores é grande: tradicional, frango, linguiça de pernil, coração e asinha a R$ 10,90, cada, além de especial black angus, cordeiro e kafta — a R$ 13,90, cada.

“Sempre indico o de carne (black angus), porque é o mais pedido”, conta João Pereira, gerente da unidade da Asa Norte. Todos os espetinhos são temperados com sal rosa do Himalaia. De acordo com o gerente, levam 15 minutos em média para ficar prontos, mas tudo depende da demanda do restaurante.

Mas não para por aí! Há opções para quem gosta de salsichão também. O salsichão grelhado (R$ 19,90) é feito com salsicha branca alemã e leva mostarda escura e salsa. O salsichão alemão (R$18,90), por sua vez, vem com molho de mostarda. Segundo Pereira, os acompanhamentos mais pedidos pelos clientes são a farofa crocante (R$ 12,90) e de ovos (R$ 17,90), além do arroz biro-biro (R$ 17,90 — serve até duas pessoas), feito com presunto, ovo e batata palha.
 
Espetinhos fazem sucesso o ano inteiro (Helio Montferre/Esp. CB/D.A Press)
Espetinhos fazem sucesso o ano inteiro
 
Empório da mata

Galinhada pode ter sabor de infância, trazer memórias do interior, lembrar os almoços de domingo na casa dos avós… Ou, quem sabe, tudo isso. No Empório da Mata, também é assim. Mas o prato — que entra no cardápio especialmente durante a época de festas juninas — se transforma num risoto de galinhada com crispy de couve (R$ 45). A diferença para a galinhada tradicional é por causa do arroz arbóreo, que vem da culinária italiana.

Primeiro, a galinha é preparada com cachaça e temperada com açafrão-da-terra para, depois, ser fritada na cebola. “Na hora em que a gente vai soltar o prato, a gente joga o frango primeiro, com o caldinho dele, e, depois, o arroz arbóreo. Aí, dá um colorido nele (no arroz)”, detalha a proprietária Lídia Isaías. É ela, também, quem prepara cada prato — todos individuais. O toque especial fica por conta do crispy de couve, responsável pela textura crocante do risoto.

O restaurante fica numa chácara, cercado de muito verde. “Nossa proposta é trazer bem-estar e contato com a natureza. Em função disso, os pratos são preparados sem aditivos químicos e (com ingredientes) preferencialmente orgânicos”, afirma a dona.
 
Risoto de galinhada com crispy de couve (Antonio Cunha/CB/D.A Press)
Risoto de galinhada com crispy de couve
 


O cuscuz feito com pinhão e linguiça é uma das muitas receitas que a chef Raquel Amaral trabalha (Carlos Moura/CB/D.A Press)
O cuscuz feito com pinhão e linguiça é uma das muitas receitas que a chef Raquel Amaral trabalha
 
Feito do seu jeito

Repletos de ingredientes bem regionais, o período junino é uma festa para a personal chef Raquel Amaral. A chef, que apresenta uma gastronomia versátil, adora inovar na cozinha e, entre suas gastronomias favoritas, está, claro, a tupiniquim. “Adoro usar ingredientes nativos e dar a eles preparos inusitados”, pondera Raquel.

Entre os carros chefes das festas juninas, o milho e a mandioca são as grandes estrelas e a chef não se acanha ao trabalhar com os insumos: “Recentemente, fiz um prato em que trabalhei quatro texturas de milho, gosto também de trabalhar a mandioca em uma musseline com três raízes, a própria, abóbora e batata”, exemplifica.

Para uma receita mais próxima ao usual junino, Raquel faz um cuscuz com pinhão difícil de resistir. Na receita, linguicinha, cuscuz e pinhão montam uma comida quentinha e molhadinha: “O segredo é finalizar com a manteiga”, entrega. Para quem se interessou pelo serviço da chef, ela trabalha com eventos diversos, atendendo desde um jantar a dois até festas corporativas. Os preços variam de acordo com o tipo de evento e o menu.

Tá chegando!
A chef Raquel Amaral fará, em agosto, mais uma edição do projeto Terroir. Realizado durante o lançamento da nova Varanda do Loca Como tu Madre, o evento será para 50 pessoas e terá preparos como o caldinho moqueca, dadinho de quibe cru e porco curry com iogurte.

Canjica em forma de pão!

O francês Guillaume Petigas é um dos grandes nomes da panificação brasiliense. Cheio de criatividade, o expert não abre mão das referências clássicas, dispostas na vistosa vitrine da La Boulangerie. Claro que tanto conhecimento e criatividade só renderiam produtos diferenciados, que ele apresenta na forma do pão do mês.

Para este fim de semana, até o fim do mês de julho, a receita escolhida é o pão de canjica (R$ 7,40). A receita doce aposta no clássico junino em nova roupa. “Além da farinha e do fermento, ele leva coco ralado, canjica, leite condensado, cravo, canela, anis-estrelado e amendoim. É um pão doce e o milho da canjica vai inteiro. Fica muito visual”, pontua. Petigas ainda complementa explicando que a receita resulta em um pão doce e com sabor das especiarias.

Para beber, Petigas não sai do clima junino e sugere o chocolate quente da casa (R$ 6, o pequeno; R$ 9,50, o grande), feito com chocolate Callebaut. Outra alternativa, esta salgada, é o pão de junho, uma inusitada receita de pão e escondidinho de carne moída (R$ 17,80). A receita leva mandioca na massa, o que Petigas explica, não atrapalha o resultado final: um pão fofinho e leve.

O pão de canjica é a receita deste mês na La Boulangerie (Ana Rayssa/CB/D.A Press)
O pão de canjica é a receita deste mês na La Boulangerie
 

Caseiros e cheios de personalidade

Quem já provou os bolos feitos pelas habilidosas mãos de Angela Tonon sabe que experiência e carinho fazem parte da receita. Proprietária da Casa Doce, recentemente, ela e a família toparam um novo desafio: expandir o negócio que já era um sucesso para um espaço maior. Mudança feita, tudo se encaminhando, agora ela tem espaço para ampliar, ainda mais, a variedade de bolos de balcão da casa.

Para o período junino, Angela decidiu inovar e fez um bolo de amendoim (R$ 35,20, o quilo). A receita se trata de um bolo que leva o amendoim com e sem casca na massa. “Uso o amendoim com e sem casca, para dar cor ao bolo. Na cobertura, doce de leite feito aqui e alguns amendoins para decorar”, descreve. Ela ainda explica que a massa do bolo é amanteigada e que o resultado é um bolo bem fofinho. “Por enquanto, ele está em teste. Se for bem recebido, pode ficar de vez”, informa.

Já nos mais clássicos, o diferencial vem dos insumos de qualidade, além da mais que comprovada habilidade de  ngela como boleira. “Temos o bolo de mandioca (R$ 28, o quilo) com coco na massa, coloco também leite de coco, para acentuar o sabor”, explica sobre o preparo, que devido à mandioca, fica mais pesadinho. Outra alternativa do balcão é o bolo de fubá (R$ 31,50, o quilo), um clássico que dispensa apresentações.
 
O bolo de amendoim leva o doce de leite feito na casa de cobertura (Ana Rayssa/CB/D.A Press)
O bolo de amendoim leva o doce de leite feito na casa de cobertura
 



O gourmet volta a ser tradicional com a pipoca de pé de moleque da Tribeca.Ny (Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
O gourmet volta a ser tradicional com a pipoca de pé de moleque da Tribeca.Ny
Pipoca junina

Mariana Pereira é apaixonada por pipocas e amante do bairro TriBeCa, nos Estados Unidos e juntou seus amores em um negócio com a cara dela. Com isso, nasce a Tribeca.Ny Pipoca Gourmet. “A ideia surgiu quando eu estava nos Estados Unidos, e lá tinha muito dessas pipocas, elas eram lindas, mas não eram tão gostosas”, revela Mariana.

Durante o período de são-joão, a Tribeca.Ny inovou e juntou duas iguarias da época em um único prato, a tradicional pipoca e o famoso pé de moleque. Assim, a pipoca de pé de moleque (R$ 12, 100g ou R$ 18, 200g) faz sucesso na loja durante os meses de junho e julho. A pipoca leva um banho de chocolate, amendoim e um caramelo “diferenciado”. Na produção, o amendoim fica evidente, mas não esconde o sabor dos outros ingredientes.

Além disso, a loja aposta também na pipoca de paçoca (R$ 12 ,100g ou R$ 18, 200g). Essa fica disponível na loja quase todas as épocas do ano e os clientes adoram. “Atualmente, temos 40 sabores na loja, mas sempre vamos mudando e inovando”, conta a proprietária. No top 3 das mais vendidas, está a Flocos de Neve, a Smoking e a de Caramelo com flor de sal.

 
Um mix de pamonha e curau inspiram o bolo junino de milho (Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Um mix de pamonha e curau inspiram o bolo junino de milho
Bolo pamonha 

Vanessa Oliveira, proprietária da franquia Sodiê da 708 Norte, inovou nas produções e criou um bolo de milho típico do período junino. Desta vez, o prato une a pamonha, o curau e o tradicional bolo de milho em um único alimento, o Bolo Junino de Milho (R$ 20).

O Bolo Junino de Milho é assado na palha e leva cobertura de brigadeiro de milho verde, e para os amantes de temperos, a produção pode receber canela e leite ninho para completar a cobertura. O prato é feito de milho verde natural, leite, ovos, óleo, açúcar, fermento e fubá, e o brigadeiro contém leite condensado, creme de leite, manteiga e milho verde. Ao ver os ingredientes, a iguaria não parece se diferenciar dos bolos “comuns”, no entanto, a textura de pamonha e o brigadeiro de milho dão o “tchan” e fazem do bolo único.

O bolo originou também, o brigadeiro de milho verde (R$ 3), o mesmo que acompanha a iguaria em forma de cobertura, pode ser degustado a parte.
 
 
 
Onde comer
 
Chicago Prime 
(R. 7 Norte, Águas Claras; 3297-0209), (110/111 Norte, Bl. A, lj. 700; 3246-7455) e (114 Sul, Bl. B, ljs. 10/11; 3256-2187), aberto de terça a sábado, das 12h às 15h e das 18h às 22h30; domingo, das 12h às 17h.

Empório da Mata 
(SHJB Mansões Mata da Anta, chácara 15, Condomínio Vila Empório da Mata; 3427-1312), aberto quarta e quinta, das 19h às 23h; sexta e sábado, das 12h às 16h e das 19h à 0h; domingo, das 12h às 17h.

Sodiê Doces 
(708/709 Norte, Bl D Lj 03, Asa Norte; telefone 3877-0071), aberto de segunda-feira a sábado, das 9h às 19h.

Tribeca NY 
(Q. 101, lt 2/4 lj 7, Edifício Figueiras Mall, Águas Claras; 3203-7979), aberto de segunda a sábado, das 10h às 20h; e domingo, das 11h às 17h.

5uinto Bar 
(102 Norte, Bl. A lj 56; 3328-5113), aberto terça e quarta, das 18h à 1h; quinta a sábado, das 18h às 2h.

Sous Ribs & Beer 
(309 Norte, Bl. E, lj 9; 98103-1308), aberto de segunda a sábado, das 12h às 23h, domingo, das 12h às 16h.

La Boulangerie 
(306 Sul, Bl. B, lj. 10; 3244-1394), aberto de segunda a sábado, das 7h às 20h. (La Boulangerie Bistrot, SGCV Sul, Lt. 22, CasaPark), aberto de terça a domingo, das 8h às 22h.

Casa Doce 
(112 Sul, Bl. D, lj 35; 3445-2807), aberto de terça a sábado, das 11h às 20h; domingo, das 19h15 às 19h.

Raquel Amaral Personal 
Chef (Instagram: @ChefRaquelAmaral; telefone e WhatsApp: 98450-8310), todos os tipos de eventos, desde jantares a dois até festas corporativas

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