Brasília-DF,
25/ABR/2024

Para além do sabor: Conheça espaços que oferecem experiências diferenciadas

Os estabelecimentos vão além da boa gastronomia com ambientes instagrámaveis e áreas ao ar livre

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Renata Rios Geovana Melo* Melissa Duarte* Publicação:13/09/2019 06:00Atualização:12/09/2019 17:20
A facilidade de pedir comida em casa e a crise afastaram clientes dos restaurantes nos últimos tempos. Entre os espaços voltados para a gastronomia na capital, muitos buscam promover uma experiência diferenciada. O Divirta-se Mais selecionou locais que vão além da preocupação com o cardápio e apostam em atrações, ambientes e em toda a experiência de ir ao local.

Seja um programa a dois ou uma saída familiar, a natureza é um forte atrativo. O contato com o verde na correria da semana nem sempre é possível. Por isso Goutheir Dias, chef e proprietário do Vista Linda — Gastronomia e Lazer, resolveu disponibilizar esse ambiente para os clientes. Localizado no Lago Oeste, o restaurante possui entre as atrações uma vista privilegiada, trilhas e redário, tudo isso regado a muita comida capixaba.

Para os moderninhos, o ambiente descolado pode ser o atrativo que faltava. Em inúmeros perfis de Instagram dos brasilienses, a foto na escada cheia de luzes no Lah é item quase obrigatório. O proprietário da casa, Luiddy Martins, teve a ideia partindo de referências vistas em outros locais. “A escada é tão famosa que há fila para tirar foto nela!”, gaba-se.

Outro local que rende lindas fotos para o Instagram é o Jacket café. A proprietária, Talita Borges, teve cuidado em cada detalhe do espaço. Desde a parede pintada pelo artista Pedro Fleury, até as montagens para lá de “instagramáveis”, o ambiente pede por um registro.

O Primo Pobre, recém-inaugurado, aposta na informalidade para atrair o público. O espaço aberto atende no balcão, onde os pedidos são feitos e retirados. A ideia é deixar o cliente livre para escolher se quer comer na mesa, em pé com os amigos ou em um dos sofás do espaço. “Isso também diminui a jornada do cliente para pagar a conta”, pondera a sócia Rayssa Ferreira.

*Estagiárias sob supervisão de Igor Silveira 

 
Luiddy Martins fez uma aposta certeira ao escolher a escada como um dos destaques da casa (Ana Rayssa/CB/D.A Press)
Luiddy Martins fez uma aposta certeira ao escolher a escada como um dos destaques da casa
 

Uma escada para chamar de minha


Talvez o leitor nem conheça ainda o Lah, mas é muito provável que tenha se deparado com algumas das muitas fotos de um dos itens mais famosos da casa: a escada, o item mais cobiçado para tirar fotos por quem vai ao espaço. “A ideia da escada veio de lugares que já visitei. Fui adaptando e é um sucesso. Temos filas para tirar fotos nessa escada!”, conta Luiddy Martins, dono do Lah.

O local conta com uma pista de dança no subsolo e uma área mais reservada no primeiro andar. O térreo é onde fica o bar e algumas mesas na área externa. A escada, conta Luiddy, já foi aperfeiçoada desde que a casa abriu. “A luz fica muito boa nessa escada. Pensamos em vários formatos, e o túnel deu muito certo”, complementa.

No menu, a casa aposta em drinques bonitos e gostosos. “Temos uma desidratadora que faz as frutas ficarem lindas para decorar as bebidas”, diz Luiddy, que sugere o Estrelah (R$ 29,90), uma das criações exclusivas com vodca, redução de espumante e espuma de maracujá. Para comer, o proprietário destaca que a ideia foi manter as comidas práticas, com finger foods.
 
 

Em pé, na mesa, no jardim ou no sofá


O recém-inaugurado Primo Pobre é um daqueles pontos que caiu nas graças do brasiliense. Com um ambiente aberto e despojado, a ideia é dar ao cliente liberdade. Entre os diferenciais, além de shows, está a forma de pedir. Os preparos são servidos no balcão e visam facilitar quem quer comer em pé. “A ideia é ser mais informal. O modelo de autoatendimento permite uma liberdade para o cliente e para a casa”, explica Rayssa Ferreira, uma das sócias.

No menu, assinado pelo chef André Batista, a estrela é a coxinha de rabada (R$ 16, com oito unidades), receita feita sem a massa. “A nossa coxinha é a rabada empanada no panko com maionese de rúcula. Fica bem cremosa, é uma delícia”, promete Rayssa. Ela explica que a maioria das comidas foi pensada para poder comer com a mão, mas que os churrasquinhos (a partir de R$ 14), por exemplo, são servidos com talheres.

Já nos drinques, a ideia do estabelecimento foi manter uma proposta simples e usando ingredientes nacionais. “Trabalhamos com insumos brasileiros, como espuma de cupuaçu, seriguela e a cachaça”, pontua a sócia. Ela informa que a carta foi elaborada pelo mixologista Gustavo Guedes. “São criações deliciosas e pensadas em facilitar o consumo. Muitos drinques são servidos no copo americano por conta disso”. Entre as releituras dos clássicos, o Pobre russo (R$ 24) é uma releitura do Moscow mule — vodca Ketel One, maracujá com açafrão, gengibre, fuck fake chopp, angostura e espuma de cupuaçu com flor-de-sal. Outra pedida é o Tia Elza, a Soares (a partir de R$ 24) — Gim, cordial de expresso com cardamomo, amarogutta, laranja-bahia, manjericão e água tônica.

A coxinha de rabada é um dos destaques do Primo Pobre (Marcus Oliveira/Divulgação)
A coxinha de rabada é um dos destaques do Primo Pobre
 
Cerveja é o foco no Beer Club e aparece até na receita do bacon da casa
 (Rayan Ribeiro/Divulgação)
Cerveja é o foco no Beer Club e aparece até na receita do bacon da casa
 

Foco na cerveja


O gastropub Beer Club faz jus ao nome com a cerveja sendo a atração principal. A maioria dos pratos tem a bebida na produção, alguns de forma mais evidente e outros mais discretos. “Sempre fomos apaixonados por cerveja. Usamos nossa experiência de fora, para aplicar aqui”, conta o proprietário Eduardo Meira.

A casa conta com um sistema de self-service de chope, ou seja, os clientes podem se servir à vontade (a partir de R$ 4,20, 100ml). O Beer Club conta com uma programação especial de quarta a domingo. “Estamos fazendo um som na quarta-feira, tentando implantar o conceito, palco aberto, e quem quiser sobe e faz um som”, pontua Eduardo. Quinta, sexta e sábado, a casa opta por convidar bandas brasilienses para comandar a música do pub.

Os sticks de bacon (R$ 18 com oito unidades; ou R$ 28, com 16 unidades) são um dos petiscos mais pedidos e mais conhecidos do bar. Feito com bacon caramelado na cerveja, o quitute é extremamente gostoso e crocante. “Ele fica crocante por uma certa técnica, é assado no fogo e mistura o doce com o defumado”, diz Eduardo. Além do bacon, a casa trabalha com um cardápio amplo e que atende diversos paladares.


Cozinha de bar


O que surgiu como uma marca de tênis, hoje é uma loja-conceito que reúne não só produtos da marca, mas também bar e gastronomia. No MUV Gastrostore, a clientela pode celebrar aniversários com os amigos enquanto desfruta de bons drinques autorais, assinados pelo Duo Bar. O mais pedido da casa é o Winecórnio (R$ 30): a mistura de espumante rosa, glitter e flor comestível dá um resultado bem instagramável.

Com inspirações russas, o Moscou MUV (R$ 29) “é uma versão autoral do Moscou mule”: à base de vodca, a bebida ganha espuma diferenciada no topo e angostura “para dar um sabor peculiar”. Quem conta é o sócio Vinicius Matteo. Agora, quem quer uma experiência alcoólica pode pedir as oito doses de Rainbow shot (R$ 17): cada uma das oito doses vem numa cor diferente. “São vários xaropes de densidades diferentes. Quando bate a bebida na coqueteleira, junta levemente os sabores. Depois, decanta. Quando o bartender vai servir na mesa, sai um shot de cada cor”, explica.

Sanduíches não ficam de fora: cada cliente pode escolher uma das 16 opções de molho — os segredinhos da casa. Vegetariano, o Brieza (R$ 32) vem com 250g de queijo brie empanado, cebola caramelizada e melaço. “A mistura agridoce equilibra o sabor”, comenta Matteo. Tudo isso em pão australiano com batata à trois. Quem prefere carne pode optar pelo Croalombra (R$ 34): o pão de croissant abraça o blend de hambúrguer, com bacon e molho à base de gorgonzola, mais batata à trois.

Drinques diferentes numa pegada autoral: essa é a proposta do MUV Gastrostore (Thamires Santiago/Divulgação)
Drinques diferentes numa pegada autoral: essa é a proposta do MUV Gastrostore

A la Itália


O Così proporciona uma viagem à Itália sem sair de Brasília. A casa trabalha com massas e risotos. “Nossas massas são todas frescas e feitas no momento do pedido”, afirma Renato Carioni.

O risotti pomodoro (R$ 78) pode ser uma boa pedida. Como o nome remete, o prato é um risoto de tomate fresco com stracciatella e manjericão.

“Oferecemos uma comida que perderia muita qualidade na entrega, nosso diferencial é de excelência e ótimo serviço, além de um ambiente diferenciado”, conta o chef Renato Carioni.

A casa tem uma decoração moderna e aconchegante. “Deixamos o arquiteto George Zardo bem à vontade, porém, com a missão de tirar as pessoas do shopping assim que entrassem”, pontua o chef. A montagem dos pratos também chama muita atenção, e cumpre o famoso ditado: “é para comer com os olhos”.

Duo Fotografia/Divulgação (Risoto de tomate pomodoro é um dos clássicos da casa)
Duo Fotografia/Divulgação
 
Bonito e gostoso, o risoto roxo é uma das alternativas no menu da casa (Bruno Aguiar/Divulgação)
Bonito e gostoso, o risoto roxo é uma das alternativas no menu da casa
 

Beira-lago


A vista e a culinária do Doma Rooftop são de encher os olhos — e a boca d’água! Pelas paredes envidraçadas do restaurante, é possível contemplar o pôr do sol mais bonito da cidade, às margens do Lago Paranoá, enquanto desfruta da gastronomia autoral, com toques contemporâneos, da casa. Os amantes de vinho (a partir de R$ 69) podem visitar a adega, também de vidro, e escolher o que beber entre tintos e brancos.

Como aperitivo, os comensais podem degustar do camarão empanado com molho de pimenta (R$ 34, quatro unidades). Para o prato principal, a pedida é o filé-mignon (R$ 76, individual), com um delicioso purê de mandioquinha para acompanhar.

Quem prefere a boa e velha massa pode se deliciar com o risoto roxo (R$ 74, individual), com salmão grelhado. “Em cima do peixe, o chef acrescenta pistache moída para ficar torrado e crocante. O maçarico vem para finalizar o prato”, destaca o proprietário Marcio Barreiro.

“Além da vista, o conceito de rooftop inclui o bar central e o lounge”, continua. Por isso, drinques são a cara do Doma. Fãs de gim e de frutas vermelhas podem — e devem! — desfrutar do Ramos Rise (R$ 28), que leva uma mistura de pitaya e framboesa. Música não pode faltar: a agenda de setembro inclui bossa nova e samba.


Gostinho de casa


Quem vem do Espírito Santo pode matar a saudade da terra natal no restaurante Vista Linda, com as receitas pesqueiras. “Somos a única casa especializada na gastronomia capixaba em Brasília”, conta o proprietário Gouthier Dias. A receita mais famosa do estado é o carro-chefe da casa: moqueca capixaba (a partir de R$ 144,90, para duas pessoas), que pode ser de cação, robalo, badejo, camarão, dourado do mar ou frutos-do-mar.

Tudo vai bem fresquinho para a mesa do cliente. O prato é cozido sem água, apenas com frutos-do-mar. “Todo o molho vem do tomate, da cebola e do próprio peixe”, complementa. Servida na tradicional panela de barro, a moqueca acompanha arroz branco, pirão e moqueca de banana-da-terra. Os vegetarianos não ficam de fora: a opção é moqueca de banana com palmito (R$ 79,90, para duas pessoas).

O restaurante é o casamento perfeito para um final de semana tranquilo perto da natureza. “Estamos situados dentro de uma APA (Área de Preservação Ambiental) onde o cliente pode desfrutar da fauna e flora do cerrado. Temos também redário, trilha ecológica, parquinho, casa de bonecas e sinuca para os clientes”, destaca o empresário. 

Com ingredientes frescos e, de preferência, orgânicos, o restaurante Vista Linda traz a culinária capixaba para o quadradinho (Bruno Peres/CB/D.A Press)
Com ingredientes frescos e, de preferência, orgânicos, o restaurante Vista Linda traz a culinária capixaba para o quadradinho

Seguindo as tendências


Quando o cliente entra no Jacket Café, a experiência começa pelos olhos. São tantos elementos que chamam a atenção que chega a ser desorientador escolher qual é o favorito. As referências do mundo da moda, presentes no menu e em parte da decoração; as pinturas do artista Pedro Fleury, que ajudam não só a compor o ambiente, mas também conversam com a proposta da casa; ou as comidas, com cores e montagens que parecem pedir por uma foto. “A ideia é que as pessoas compartilhem momentos felizes. Não só nas fotos do Instagram, mas dividindo uma das sobremesas, por exemplo”, sugere Talita Borges, proprietária do estabelecimento.

Entre as delícias do menu, um dos favoritos da proprietária é o Bolo de pipoca (R$ 14, a fatia). “Esse é um bolo muito diferente. Não se encontra nada igual. Ele leva pipoca na massa e creme de manteiga no recheio. Lembra bem aquele amanteigado da pipoca”, descreve. Para finalizar, a receita vai com calda de caramelo e flor-de-sal.

Para beber, além dos cafés especiais, que tem um lugar de peso no menu, vale experimentar o Chá azul (R$ 10). A bebida pode ser tomada quente ou fria e ao pingar algumas gotas de limão, uma transformação mágica acontece. “As pessoas adoram essa ideia. Vejo muita gente tirando foto ou filmando”, conta.

Descontos
Na casa, promoções envolvendo o Instagram são recorrentes. Até  19 de setembro, a casa promove a #minhajacketfoto. A melhor foto postada e marcada com a hashtag ganha uma jaqueta exclusiva da casa.

O Chá azul e o Bolo de pipoca são alguns dos destaques que bombam nas redes sociais (Ana Rayssa/CB/D.A Press)
O Chá azul e o Bolo de pipoca são alguns dos destaques que bombam nas redes sociais

À francesa


Inspirado nos cafés franceses, a L’amour du pain facilmente consegue atrair os clientes a conhecer o estabelecimento e consumir no local. De cara, a vitrine com doces não deixa os comensais passarem ilesos, depois, ao entrarem no café, a decoração faz com que eles viagem à França, sem sair de Brasília. “Eu sou francês, eu pensei e idealizei o local para ter um jardim, ser moderno e aconchegante”, conta o proprietário Serge Segura.

Neste mês, a casa ainda contará com um plus: a L’amour du pain receberá durante todos os sábados de setembro, um teatro de bonecos, voltado para as crianças, mas que também agradará os pais. “Vai ser aos sábados, por volta das 10h e vai ter uma representação de Pinóquio, com músicos e marionetes. O espaço para as crianças será separado, e, assim, os pais podem tomar café da manhã enquanto elas se divertem”, conta Serge.

Para os que forem ao estabelecimento, que tal experimentar o Mille Feuilles (R$ 14,90). Feito com camadas alternadas de massa folhada fina e creme legére de mascarpone com baunilha. Além de bonito é extremamente gostoso para os amantes de doces. “Ele pode ser tomado com um café, como ele é doce, dá um contraste”, recomenda o padeiro.

O Mousse le trois (R$ 14,90), é uma mistura de mousse de chocolate belga, sendo eles amargo, ao leite e branco montado em uma base de biscoito de avelã.

L'amour du pain proporciona um café da manhã, em família e com muito lazer (Ana Rayssa/Esp. CB/D.A Press)
L'amour du pain proporciona um café da manhã, em família e com muito lazer

Onde comer


MUV Gastrostore 
(408 Sul, Bl. C, lj. 7; 3551-4636), aberto de terça a quinta, das 17h à 1h; sexta e sábado, das 17h às 2h; e domingo, das 15h à 0h.

Doma Rooftop 
(SHTN, Tc. 1, cj. 9; 99219-4211), aberto de terça a sábado, das 12h à 0h; e domingo, das 12h às 18h.

Vista Linda 
(Rua 14, chácara 379, Núcleo Rural Lago Oeste; 3302-5939), aberto sábados e domingo, das 12h às 18h. Outros horários mediante agendamento prévio.

Così 
(Brasília Shopping, SHN; 3553-9942), aberto de segunda a quinta, das 12h às 15h, e das 18h30 às 23h; sexta, das 11h30 às 15h e das 18h30 à 0h; sábado, das 11h30 às 16h e das 18h30 à 0h; e domingo, das 11h30 às 16h e das 19h às 22h30.

Beer Club 
(403 Sul, Bl. D, lj. 28; 3254-6222), aberto de terça a sábado, das 12h à 1h30.

L'Amour du Pain 
(115 Sul, Bloco B, loja 10; 3525-5909), aberto diariamente, das 7h às 22h.

Primo Pobre 
(203 Norte, Bl. D, lj 67/73; 3554-9943. Redes sociais: @falatuprimo), aberto quarta, das 17h à 0h; quinta a sábado, das 17h à 1h; domingo, das 15h à 0h.

Jacket Café 
(106 Sul, Bl. C, lj. 15; 3543-6158), aberto de segunda a quinta, das 8h às 21h; sexta a domingo, das 9h às 20h.

Lah 
(413 Sul, Bl. A, lj. 36; 3297-2407), aberto de quarta a domingo, das 20h às 4h.

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