'Planeta dos Macacos: o confronto' traz animais com habilidades mais desenvolvidas
Com inteligência superestimulada em laboratório, macacos saem em disparada
Yale Gontijo
Publicação:25/07/2014 06:00
O grande serviço prestado pela franquia de películas O planeta dos macacos, iniciada na década de 1960, é a crítica aos sistemas de dominação criados pelos homens numa ficção científica que inverte o controle e coloca os macacos no comando. Terceiro filme da marca nos anos 2000, O planeta dos macacos: o confronto (uma das estreias desta quinta-feira) corresponde à continuação do longa estrelado por James Franco em 2011. Desta vez, a saída de grandes estrelas de Hollywood entre os nomes do cartaz (há apenas Gary Oldman em papel secundário) beneficia o aprofundamento da história. Há espaço para nos concentrarmos na guerra entre primatas e humanos, sem distrações.
A inteligência dos bichos, superestimulada em laboratório, permite não apenas que os macacos montem cavalos e aprendam a manusear ferramentas. Eles conseguem fazer melhor: passam a desenvolver habilidades estratégicas e de disfarce — como na cena em que Koba (Toby Kebbell) usa o truque de animais de circo para tapear humanos. O embate entre espécies e a dúvida sobre a real superioridade da raça humana no planeta voltam a ser colocadas no cerne do filme, que, apesar de não se basear na fonte original, o livro do francês Pierre Boulle, permanece bastante fiel à ideologia.
O novo filme não se baseia na obra original, mas se mantém fiel à ideologia da saga
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Os símios parecem se encaminhar para o topo da pirâmide, desde que as cobaias fugitivas de A origem (2011) passaram a se organizar sozinhas sob a liderança de Caesar (interpretado por Andy Serkis). No meio da floresta, os macacos experimentam o estágio civilizatório da formação de tribos, até um grupo de humanos sobreviventes de um mundo pós-apocalíptico interromper o período de calmaria. A inteligência dos bichos, superestimulada em laboratório, permite não apenas que os macacos montem cavalos e aprendam a manusear ferramentas. Eles conseguem fazer melhor: passam a desenvolver habilidades estratégicas e de disfarce — como na cena em que Koba (Toby Kebbell) usa o truque de animais de circo para tapear humanos. O embate entre espécies e a dúvida sobre a real superioridade da raça humana no planeta voltam a ser colocadas no cerne do filme, que, apesar de não se basear na fonte original, o livro do francês Pierre Boulle, permanece bastante fiel à ideologia.