Inspirado pelo personagem bíblico que vivenciou um dos milagres mais conhecidos (quando o Mar Vermelho se abriu), o proprietário do bar Moisés, Sebastião Ramos, enfrenta a disparada de preços sem lamentações. Para ele, é hora de se reinventar.

A aposta é no almoço. Vedete do menu, a picanha de sol grelhada na chapa chega à mesa com arroz, feijão tropeiro e batata frita. Custa R$ 43,90 e serve de duas a três pessoas. Há outra versão com o corte: o PF, no qual a carne surge escoltada por arroz, mandioca frita, farofa e vinagrete (R$ 11,90).

A picanha de sol do Moisés foi uma adaptação feita por Ramos ao paladar brasiliense. Paulista, o empresário notou a predileção local por carne de sol. Em vez de coxão duro, passou a fazê-la com picanha, que repousa com sal marinho por 14 horas. "Quando cheguei a Brasília, em 1985, quase nenhum bar servia pratos elaborados. Em Ribeirão Preto, de onde vim, é comum comer em botecos, por isso investi nas refeições e hoje tornei-me referência pelo tempero", acredita Sebastião.

As medidas econômicas do empresário recaem também sobre as bebidas. São 50 rótulos de cervejas que atendem até mesmo quem anda contando moedas. A Imperial é bom exemplo: rótulo puro malte, com sabor diferenciado de uma pilsen tradicional, sai da geladeira a R$ 7, com 600ml. No mesmo tamanho, a Itaipava custa R$ 4,99.

Moisés Restaurante
(208 Sul, Bloco C, loja 36; telefone 3242-4686 e 3242-2338), aberto terça, das 11h à 1h;quarta a sábado, das 11h às 2h; e domingo, das 11h à 1h.